Banco ING resolve o trade-off de segurança e privacidade da plataforma blockchain Corda

O banco holandês ING encontrou uma solução para melhorar o trade-off de segurança e privacidade na Corda da R3, plataforma blockchain de código aberto

O ING anunciou que pesquisadores da empresa de serviços financeiros resolveram um problema de segurança e privacidade na blockchain Corda, da empresa de software blockchain R3.

Em 23 de outubro, a equipe de tecnologia de contabilidade distribuída do ING apresentou seu white paper, chamado “Solutions for the Corda security and privacy trade-off: having your cake and eating it”, onde encontrou uma solução para melhorar a segurança e a privacidade na Corda, uma plataforma blockchain de código aberto.

Provas de conhecimento zero permitem maior privacidade e segurança

O white paper afirma que, atualmente, o conteúdo de cada transação na blockchain Corda é revelado a um “notário validador” para conseguir o consenso. Ser capaz de observar o conteúdo das transações, pode levantar preocupações com a privacidade. A diretora do ING, Mariana Gomez de la Villa, explicou:

“No caso da validação, o notário vê o conteúdo de uma transação, antes de determinar se as informações estão corretas, o que significa que os participantes perdem a privacidade. […] Um notário não validador, não vê o conteúdo de uma transação, o que cria um risco de segurança em que o notário pode assinar a transação errada, se um participante mal-intencionado criar uma transação inválida. No entanto, protege os participantes contra gastos duplos, um ataque em que alguém pode gastar o mesmo ativo duas vezes, assim como o notário de validação. ”

A solução do ING introduz um serviço de notário à zero-knowledge proof (ZKP – prova de conhecimento zero) para validar transações, que pode avaliar a validade de uma transação, sem comprometer a segurança e sem revelar qualquer conteúdo privado.

No mundo cripto, o ZKP é conhecido como um método que permite que uma parte, prove para a outra parte, que uma afirmação é verdadeira, sem fornecer informações adicionais. As provas de conhecimento zero foram definidas pela primeira vez em um artigo de 1988, publicado por pesquisadores do MIT e da Universidade de Toronto como “aquelas provas que não transmitem nenhum conhecimento adicional além da correção da proposição nas perguntas”.

Os ZKPs permitem maior privacidade nas cadeias públicas de blockchains e podem impulsionar o crescimento na adoção da blockchain, reduzindo o processo caro e demorado de configurar redes privadas.

CEO do ING diz que banco pode cortar laços com o Facebook

O Cointelegraph informou anteriormente que o CEO do ING, Ralph Hamers, declarou que os bancos podem estar inclinados a parar de trabalhar com o Facebook, se a empresa prosseguir com o lançamento planejado do Libra. Hamers explicou que bancos, como o dele, têm uma abordagem de baixo risco:

“Somos uma instituição tão grande e regulamentada que você não quer arriscar nada. […] dissemos que vamos dar uma olhada e ver como isso se desenvolve.”

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