B3 usa plataforma em blockchain para promover investimento em startups

A B3, a Bolsa de Valores do Brasil, está usando uma plataforma baseada em blockchain para incentivar investidores a aplicarem recursos em startups.

A solução usada pela B3, em fase de testes, foi desenvolvida pela startup Ribon que recentemente recebeu um aporte de R$ 523 milhões para o aperfeiçoamento de seu sistema.

Segundo a B3, por meio da solução os documentos e aportes ficam registrados em blockchain garantindo segurança e transparência em todo o processo.

A bolsa brasileira declarou também que os testes foram bem sucedidos e agora estuda a implementação da solução de forma definitiva.

Ribon

A Ribon é uma startup brasileira fundada em 2016 por Rafael Rodeiro, Carlos Menezes e João Moraes e nasceu com o foco em permitir doações para projetos e ações de impacto social sem a necessidade do doador dar R$ 1 real sequer.

Para isso, o usuário precisava baixar o aplicativo e acessar as histórias positivas, inspiradoras, garimpadas em sites de notícias (um ser humano da equipe responde por esse filtro).
Depois, da mesma forma que em uma rede social, o usuário da um ‘like’ na história e com isso garante a doação de 100 ribons, uma moeda virtual da plataforma. Na outa ponta, quem garante o dinheiro que chegará para financiar a causa são os patrocinadores do projeto.

Com o investimento que recebeu de R$ 523 milhões em 2019 a startup iniciou a implementação de blockchain em seu sistema, conectando sua moeda virtual, até então sem DLT, com a tecnologia do bitcoin.

“As moedinhas virtuais funcionam em uma plataforma própria semelhante ao blockchain, mas não trouxemos essa tecnologia ainda. Ela irá permitir que a gente faça as doações de forma mais transparente e que gastemos menos com custo de transação bancária”, afirmou na época Rafael Rodeiro, cofundador da startup.

B3 e Blockchain

Esta não é a primeira vez que a B3 usa um sistema em blockchain dentro de seus produtos.

No ano passado, a bolsa anunciou uma parceria com a IRB Brasil RE no desenvolvimento de um sistema em DLT para negociação de seguros.

De acordo com o projeto, o sistema estará disponível em 2021, mas precisa ainda ser aprovado pelos órgãos reguladores do mercado financeiro.

Assim, com a plataforma desenvolvida a partir da tecnologia blockchain será possível negociar seguros com mais rapidez que o sistema atual. Além disso, a nova plataforma permitirá a renegociação de seguros, que atualmente só podem ser negociados através de processo manual, burocrático e demorado.

No entanto, desde 2017 a B3 testa aplicações em blockchain tendo integrado junto com o Bradesco, Itaú e o consórcio R3, o projeto Fingerprint, para registro de identidades digitais em blockchain.

por Cointelegraph Brasil

No curso Decifrando as Criptomoedas da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da EXAME, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

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