Autoridades destroem R$ 6 milhões em equipamentos de mineração de bitcoin
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que autoridades da Malásia destroem 1.069 equipamentos utilizados para mineração de bitcoin que foram apreendidos no início do ano porque seu proprietários estavam mantendo a operação com energia furtada.
Segundo o canal de televisão norte-americano CNBC, as autoridades afirmam que os mineradores furtaram o equivalente a 2 milhões de dólares – ou mais de 10 milhões de reais – em energia elétrica. Os equipamentos foram apreendidos e a Justiça local decidiu pela destruição.
Na maioria dos países, quando esse tipo de situação ocorre, as autoridades preferem leiloar os itens apreendidos, como acontece na China, que recentemente proibiu a mineração de bitcoin. Na Malásia, entretanto, uma decisão judicial obrigou a destruição dos equipamentos, avaliados em 1,26 milhão de dólares – cerca de 6,5 milhões de reais.
À época, as autoridades malaias contaram que os equipamentos foram apreendidos em três imóveis após denúncia anônima. Os responsáveis foram condenados a oito meses de prisão e multa.
A mineração de bitcoin é a atividade realizada por computadores para validar as transações e informações realizadas no blockchain da criptomoeda. A atividade gera o pagamento de uma recompensa em bitcoin, e por isso é muito rentável. Para realizá-la, entretanto, é preciso o uso de muitos – e caros – equipamentos, além de um elevado consumo energético.
A atividade não é probida na Malásia, mas o país tem regras bastante rígidas sobre o consumo de energia. No caso da adulteração das linhas de transmissão de energia, como foi o caso dos mineradores de bitcoin, a lei prevê multa de 23.700 dólares e até cinco anos de prisão.
O alto consumo energético para manter a rede Bitcoin funcionando é, inclusive, a maior polêmica da criptomoeda atualmente – e o maior responsável pela queda no preço do ativo digital nos últimos meses.
Apesar das críticas, defensores do bitcoin afirmam que a atividade impulsiona a adoção e o uso de energia limpa, que em geral é muito mais barata. Um levantamento recente do Conselho de Mineração de Bitcoin estima que 56% da energia utilizada pela rede venha de fontes renováveis.