Associated Press lança marketplace para comercializar fotos icônicas do seu acervo em NFTs
Lançamento está marcado para 31 de janeiro e surge na esteira do crescimento do mercado de tokens não fungíveis no começo de 2022.
A agência de notícias Associated Press (AP) anunciou na terça-feira que está preparando sua entrada no universo dos tokens não fungíveis. Em 31 de janeiro, a AP vai lançar um marketplace próprio para comercialização de seu acervo de fotos icônicas sob o formato de NFTs, informou reportagem do site The Defiant.
A novidade reforça o investimento de grandes veículos de mídia e da indústria do entretenimento em um mercado que abriu 2022 em alta apesar da queda que abateu a indústria de criptoativos no período.
O volume de negócios do principal marketplace do mercado, o OpenSea, se encaminha para bater seu recorde histórico em janeiro ao mesmo tempo que seus concorrentes também vem apresentando números expressivos. Inaugurado em 10 de janeiro, o LooksRare já registra um volume diário de negociação de mais de US$ 394 milhões, impulsionado por uma campanha de airdrop agressiva, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente.
176 anos de história em NFTs
Os NFTs da Associated Press serão selecionados a partir de um acervo de imagens que documentam 176 anos de história, incluindo fotografias icônicas agraciadas com prêmios importantes, como o Pulitzer. As coleções de NFTs devem abordar temáticas variadas que passam por guerras, exploração espacial, esportes e mudanças climáticas.
A primeira coleção de NFTs será lançada em lotes ao longo de várias semanas. Os tokens não fungíveis serão mintados na blockchain da Polygon (MATIC) para minimizar o custo das taxas de transação para os compradores.
A renda obtida com a venda dos NFTs será destinada para financiar a produção jornalística da agência e os fotógrafos responsáveis pelas imagens também receberão parte das receitas geradas pelas vendas.
Como diferencial, os NFTs apresentarão metadados exclusivos detalhando o contexto em que cada imagem foi capturada, incluindo informações de hora, data e localização, juntamente com o equipamento e as configurações técnicas usadas pelos fotógrafos no instante decisivo.
A adesão da grande mídia aos tokens não fungíveis já não é novidade. O jornal The New York Times, o canal CNN e a revista The Economist já comercializaram produtos jornalísticos sob a forma de NFTs.
A própria Associated Press vendera seu primeiro NFT em setembro do ano passado. O token único é uma obra de arte digital que reproduz o mapa dos EUA de acordo com o resultado da eleição presidencial de 2020 em cada estado da federação e foi arrematado por US$ 180.000.
Na ocasião, a AP também utilizou as blockchains do Ethereum e do EOS para divulgar e registrar os resultados do pleito em que o democrata Joe Biden derrotou o então presidente Donald Trump.
No ano passado, a Associated Press também fechou uma parceria com a Chainlink (LINK) para disponibilizar informações sobre dados econômicos e resultados desportivos da AP para plataformas blockchain.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, inclusive no Brasil o mercado de NFTs também está em crescimento no Brasil e nesta semana foi anunciado o lançamento de uma coleção de tokens não fungíveis que tem como tema personagens do folclore brasileiro.
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