Artista americano é processado por criar NFTs inspirados nas bolsas Birkin da Hermés

Mais uma polêmica envolvendo a criação de NFTs. Agora o caso envolve a coleção de bolsas Birkin da marca francesa Hermés.

O artista americano Mason Rothschild está sendo acusado de criar tokens não fungíveis (NFTs) inspirados nas bolsas da marca de luxo francesa Hermés.

A Hermés não gostou da novidade e processou o artista americano.

O artista nomeou a coleção de metabirkins, um nome nem um pouco sugestivo, e passou a vendê-los nos sites especializados em arte digital.

Para se ter uma ideia da situação, os NFTs metabirkins, expostos na plataforma OpenSea em dezembro, eram vendidos por entre 5 a 25 ETH no mercado. As verdadeiras bolsas Birkin podem custar entre US$ 40.000 e US$ 500.000.

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O artista criou uma coleção de 100 NFTs, com padrões variados, que iam desde bolinhas, rostos sorridentes e outros com estampas que lembram a obra de Vincent Van Gogh e Mona Lisa de Leonardo da Vinci.

Uma das alegações são as de que Rothschild cria arte digital, que é vendidas como NFT, mas a propriedade da marca não pode ser forjada. Por isso, a marca francesa acusa o artista de tentar lucrar com seus produtos.

O artista mandou uma mensagem bem clara a marca francesa: “Embora eu me desculpe se você foi insultado pela minha arte, como artista, não vou me desculpar por criá-la”.

NFTs viram ação judicial

No processo, a Hermés solicita que seja colocada uma liminar nos NFTs de Rothschild e que todos os exemplares sejam destruídos.

“A marca MetaBirkins da ré simplesmente rouba a famosa marca birkin da Hermès adicionando o prefixo genérico ‘meta’ à famosa marca registrada Birkin”, disse a representante legal da Hermés em Nova York.

Esse é o primeiro caso em que uma marca toma medidas judiciais sobre o uso de suas criações no metaverso e o seu resultado pode orientar o que os artistas podem fazer em NFTs.

Disputadas similares já foram travadas, como uma série de fotos não autorizadas da NFT do restaurante Olive Garden e NFTs de Quentin Tarantino da Pulp Fiction.

Essa batalha não pretende parar por aqui. Do outro lado, Rothschild explicou em um post que não estava vendendo ou criando bolsas Birkin falsas.

“Fiz obras de arte que retratam sacos birkin imaginários cobertos de pele. Assim como deu a Andy Warhol o direito de fazer e vender arte representando as latas de sopa de Campbell. O fato de eu vender a arte usando NFTs não muda o fato de que é arte”, disse Rothschild.

A Hermés se negou a comentar o andamento legal do caso. Já os metaBirkins foram removidos do mercado primário da OpenSea.

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