Inteligência artificial responde por mais de 20% das tecnologias emergentes em startups brasileiras, aponta estudo

“Report Panorama Emerging Tech no Brasil” também mostra presença significativa de projetos em blockchain e metaverso.

O Distrito divulgou na última semana o “Report Panorama Emerging Tech no Brasil”, que é o primeiro estudo da plataforma voltada à transformação das empresas por meio da inovação tecnológica com objetivo de entender os impactos das tecnologias emergentes no contexto latino-americano. Levantamento que apontou para a liderança da Inteligência Artificial (IA). 
Além da IA, edge computing, blockchain, robótica, agricultura regenerativa, genômica e realidade simulada figuram entre as principais tendências para o futuro entre as 504 startups brasileiras sondadas pelo Distrito, já que as empresas estão trabalhando com essas tecnologias.
Desse grupo mapeado, foram identificadas 111 startups de Inteligência Artificial, 92 de Internet das Coisas (IoT), 71 de Dataficação, 62 de robótica, 46 de blockchain, 46 de digital trust, 15 de impressão 3D, 14 de baterias, 14 de visão computacional e 9 de metaverso. Das 24 startups restantes, as empresas ocupam um campo diversificado, que incluem 5G, edge computing, genômica, biomateriais, dentre outras. 
Apesar início do ciclo de baixa em 2022, que atingiu em cheio os investimentos de capital de risco em projetos de startups, o estudo revelou uma curva de crescimento dos investimentos baseados em tecnologias emergentes. No total, de 2014 a 2023, foram 148 rodadas e US$ 242 milhões investidos. 
“Esse crescimento dialoga com uma tese que vê o investimento pesado em novas tecnologias como um grande diferencial, não só capaz de garantir novas fatias de mercado, como também ajudar a superar ciclos de baixo; seja por meio de ganhos em eficiência ou reposicionamento do próprio modelo da empresa para um mais tecnológico”, afirma o Distrito no estudo.
Em contrapartida, o levantamento mostrou um número pequeno de fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês) em relação às emerging techs.

“Em 2022 foram 211 M&As em todo o mercado de inovação, isso implica que os 23 eventos em Emerging Techs possuem uma representação inferior a 4% do total. Essa quantidade de movimentos dificulta o estudo de tendências a longo prazo”, informa o documento.
Entre os movimentos que ganharam destaque no mercado está a aquisição da Zetta Health, uma empresa IA e Analytics, pela Semantix, uma das deep techs pioneiras do país. Outras aquisições também envolvem a coleta e gestão de dado de saúde, segundo o Distrito.  
Quem também está de olho na IA é a plataforma AiDoge, cuja proposta é utilizar criptomoedas para o acesso às ferramentas de geração de meme através de tecnologia disruptiva, além de recompensas por renda passiva, o que, de quebra, pode favorecer a alta do IA, token da plataforma, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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