Arthur Mining chega ao Brasil e quer faturar R$ 210 milhões com ‘mineração verde’ de Bitcoin

Comandada por brasileiros nos EUA, empresa promete usar energia atualmente desperdiçada, além da possibilidade de uso de bioenergia.

A Arthur Mining, mineradora de Bitcoin (BTC) fundada em 2017 nos Estados Unidos pelos brasileiros Rudá Pellini, empresa que é uma das pioneiras no aproveitamento energético e utilização de energias renováveis para a atividade, a mineração verde (green mining), deverá começar a minerar BTC no Brasil em março. Com a ampliação, a meta da startup é aumentar em 400% a receita da empresa este ano ao atingir US$ 40 milhões, aproximadamente R$ 210 milhões.

A operação, que havia sido antecipada em novembro pelo Cointelegraph Brasil durante uma entrevista concedida por Nasser ao jornalista Caio Jobim, foi confirmada pelo CEO da empresa em uma publicação da Forbes dessa sexta-feira (10). Segundo ele,  o braço brasileiro da atividade da Arthur Mining foi criado a partir de um aporte recente de US$ 4,6 milhões, cerca de R$ 24,1 milhões, em uma rodada de investimentos junto a family offices focados em energia e infraestrutura, cujos nomes não foram revelados. 

Além do aporte, o executivo revelou que a Arthur Mining conseguiu adquirir placas dedicadas à mineração (ASICS) com até 70% de desconto, inclusive de “parte do inventário de players menos eficientes do mercado.” 

Sem dar detalhes, ele disse ainda que a mineração da Arthur Mining no Brasil será alimentada a partir de energias ociosas e renováveis a um custo de US$ 15 por megawatt (MW), valor inferior ao cobrado pelas fontes energéticas usadas pela startup nos EUA, US$ 20 e US$ 50. 

O CEO da Arthur Mining confirmou que a empresa deverá aproveitar a energia excedente de empresas ou que estão sendo mal comercializadas. O que poderá se desdobrar no futuro pela utilização de bioenergia gerada a partir de aterros sanitários, que é outro projeto da empresa focado no Brasil. 

Nasser informou ainda que a Green Minig, atualmente com 40 funcionários, deverá contratar até o final do ano mais 20 profissionais para atuarem no Brasil. Em relação ao consumo energético, a meta da empresa é aumentar de 15 MW consumidos nos EUA para um total de 60 MW, já que a mineradora também quer ampliar sua base de clientes, que atualmente é formada por 20 empresas. 

Quem também decidiu investir pesado na mineração recentemente foi o governo da Rússia. O que aconteceu por meio de incentivos fiscais à atividade no país, benefício que vai resultar em um centro de mineração de criptomoedas na Sibéria, onde a atividade deverá consumir 100 MW para alimentar 30 mil máquinas, além de empregar 100 trabalhadores. Já o Senado do Mississipi (EUA) aprovou um projeto de lei para proteger os mineradores de criptomoedas contra discriminação, conforme noticiou o Cointelegraph.

LEIA MAIS:

Você pode gostar...