Andreas Antonopoulos Diz que ChainLocks do Dash é “uma Maneira Inteligente” de Prevenir Ataques de 51%
De acordo com o educador e influenciador das criptomoedas Andreas Antonopoulos, o ChainLocks do Dash é “uma maneira inteligente” de proteger uma rede blockchain contra ataques de 51%.
Q. Are #Dash LLMQ #ChainLocks ⛓️🔐 just hype or something interesting? 🤔
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— Mark Mason (@StayDashy) August 22, 2019
Durante uma recente sessão de perguntas e respostas lançada esta semana no seu canal no YouTube, Antonopoulos foi perguntado sobre a implementação recente do ChainLocks pelo Dash para segurança avançada da rede. Ele respondeu com um descrição aprofundada, e disse que a solução é “uma maneira nova e interessante” de lidar com segurança da rede combinando os benefícios dos sistemas de proof-of-work (PoW) e de proof-of-stake (PoS):
“Essencialmente o que ele faz é criar um sistema híbrido de PoW e PoS. Você não pode atacar o proof-of-work com um ataque de 51% porque os masternodes estão marcando os blocos com uma votação usando assinaturas de limite mínimo, e uma vez que 60% deles concordam no atual estado da cadeia, isso consolida a cadeia com um checkpoint. É uma maneira nova e interessante de se fazer um sistema híbrido de proof-of-work e proof-of-stake, e sim, isso tornará ataques de 51% muito mais difíceis nessa cadeia em particular. De fato, se você quiser fazer um ataque de 51%, você precisa fazer um ataque de 60% no qual ou você compromete o código que está sendo executado nos masternodes, ou você consegue fundos suficiente — o que provavelmente não seria possível — para rodar 60% dos masternodes você mesmo. Acredito que nos preços atuais isso seria 300 milhões de dólares, então isso não é possível.”
Apesar de tecnicamente ser uma proof-of-service (PoSe) devido a sua ênfase em padrões de performance para os nós em vez de unidades de moeda poupadas, o Dash ainda assim aproveita a exigência de posse de 1 000 Dashs para gerenciar um masternode, tornando a rede mais resistente a ataques sybil, isso é, ativação de um exército de nós atacantes. O ChainLocks foi ativado no início de Julho deste ano, e o CEO do Dash Core Ryan Taylor elogiou a inovação por tornar o Dash mais seguro que o Bitcoin. Além dos benefícios de segurança, o ChainLocks também pode remover vários pequenos problemas enfrentados por redes de PoW.
O problema da baixa hashrate no PoW
De acordo com Antonopoulos, moedas PoW são inerentemente vulneráveis a ataques antes de se tornarem suficientemente estabelecidas devido a baixa quantidade de hashrate na rede:
“A principal razão para o Dash e o Zcoin estarem fazendo isso é que vimos de novo de novo e de novo que sistemas que têm proof-of-work que têm hashrates enormes e usam ASICs, como o Bitcoin, são muito difíceis e caros de atacar com um ataque de 51%, então não são atacados. Mas sistemas com uma hashrate mais baixa, ou uma hashrate que depende de GPUs, não em mineração baseada em ASIC, então as pessoas podem minerar com GPU de outras cadeias, e atacar uma cadeia que tem um poder de mineração um pouco mais fraco com bastante efetividade. Nós vimos os ataques de 51% contra o Ethereum Classic, acredito que o Zcoin também sofreu um 51% em algum ponto.”
Ele enfatizou que isso não é uma crítica aos projetos em si, somente uma exploração do sistema de teoria dos jogos e seus efeitos em cadeias nas quais um esforço relativamente pequeno pode resultar em ganhos maiores:
“Não estou atacando essas cadeias dizendo isso, só significa que sistemas de proof-of-work são de fato vulneráveis quando são novos e não têm poder de mineração suficiente para torná-lo proibitivamente caro. Uma cadeia só pode ser segura com proof-of-work se o custo de atacá-la excede em muito os benefícios potenciais em atacá-la. É um sistema de teoria dos jogos. Então se o custo de atacá-la não excede os ganhos em potencial, então ela será, e de fato é atacada, e nós vimos isso acontecer de novo e de novo em cadeias mais fracas. Não vimos isso acontecer no Bitcoin.”
Digno de nota é que moedas que compartilham um algoritmo com um projeto mais estabelecido — como é o caso do Bitcoin Cash e Bitcoin SV — têm uma vulnerabilidade inerente de que entidades sem interesses alinhados com esses projetos em particular possuem poder de perturbar significativamente suas redes. No caso de uma moeda como Bitcoin ou Dash, cada uma representa a maioria significativa do hashpower direcionado aos seus algoritmos de mineração respectivos — SHA256 e X11. Isto torna uma tentativa de ataque muito menos provável devido aos incentivos inerentes na proteção do valor de um investimento em equipamento de mineração que provavelmente se tornaria obsoleto no caso de colapso de uma rede, dando segurança robusta mesmo antes do ChainLocks ser introduzido.
Uma solução que combina o melhor dos modelos de PoW e PoS
Finalmente, Antonopoulos focou no porquê do ChainLocks fazer sentido para proteger moedas com menos hashrate do que a do Bitcoin aproveitando o melhor de tanto sistemas de PoW quanto PoS, evitando as vulnerabilidades individuais de ambos, e chamando-o de “uma maneira inteligente de fazer isso”:
“Nesse caso, se você tem uma cadeia que não tem poder de mineração suficiente para torná-la completamente inviável de se atacar, então você precisa de algo a mais para reforçá-la, e essencialmente isso que o ChainLocks está fazendo aqui: é um sistema híbrido de sistema proof-of-work/proof-of-stake. E é uma maneira inteligente de fazer isso, porque em vez de ter um sistema de proof-of-stake por si só, o que é vulnerável a ataques de imutabilidade histórica, ou um sistema de proof-of-work, que sem hashrate suficiente é vulnerável a ataques de 51%, combinando ambos você tem um sistema que se defende melhor contra ataques de 51%, combinando eles você tem um sistema que se defende melhor contra ataques de 51% do que um proof-of-work, e se defende melhor contra ataques de imutabilidade histórica do que o proof-of-stake. Um boa solução para um sistema como o Dash.”
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