Analistas levantam razões para queda recente do Bitcoin
O vencimento de contratos futuros na CME, o lançamento da Bakkt e a crise China/EUA podem ter impulsionado a queda abrupta do ativo digital.
O Bitcoin perdeu quase 7% nas últimas 24 horas, surpreendendo muitos investidores do mercado de criptomoedas.
O último crash do Bitcoin, que começou na quarta-feira à tarde, enviou preços abaixo do nível de US$ 9.500 pela primeira vez desde julho.
Embora seja difícil determinar um evidente catalisador da tendência de baixa, alguns analistas sugerem influência da Chicago Mercantile Exchange e de outras plataformas que fornecem negociação de derivativos de criptomoedas.
Nesta sexta-feira chega o vencimento dos contratos futuros de Bitcoin na CME. Segundo especialistas, muitos investidores venderam suas participações para liquidar os futuros que vencem em breve, desencadeando a tendência de baixa. Cerca de metade dos contratos em aberto dos futuros de Bitcoin deve expirar amanhã.
Dave Balter, CEO da Flipside Crypto, disse à Bloomberg:
“Do nosso lado, parece que foi uma venda para liquidar futuros que vencem na sexta-feira para o Bitcoin.”
Já na última quarta-feira, a Bakkt, fornecedora de futuros de Bitcoin suportada pela Intercontinental Exchange, anunciou que lançaria sua plataforma em 23 de setembro, depois de vários atrasos. A empresa disponibilizará seu serviço para clientes institucionais a partir de 6 de setembro.
A Bakkt é voltada para investidores institucionais, que buscam entrar no mercado pelo menor preço possível. Assim, as chances são de que as baleias tentem pressionar os níveis de suporte, para forçar os pequenos investidores a negociar. A tendência de baixa permitiria que as baleias fizessem seus aportes a preços mais baratos antes do lançamento da Bakkt.
Há quem também credite a queda do Bitcoin à guerra comercial China-EUA. Como o Cointelegraph já noticiou, o comportamento do Bitcoin tem respondido a tensões geopolíticas globais, não só na guerra comercial sino-americana, mas também nas tensões de Hong Kong, por exemplo.
Nesta quinta-feira, uma autoridade chinesa deu a entender que o país está tentando resolver a situação com uma atitude calma. Isso teria dado alívio às bolsas de valores, mas pressionou o Bitcoin.
Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio da China, disse:
“Rejeitamos firmemente uma escalada da guerra comercial e estamos dispostos a negociar e colaborar para resolver este problema com uma atitude calma.”