Depois de petróleo, ouro e Bitcoin, CME lança ‘futuros de água’ e Itaú já negocia no Brasil
Água se torna um recurso cada vez mais escasso e passa a ser negociada no mercado futuro da CME e, no Brasil, Itaú lança opção de investimento em ETF de água
Depois de abrir negociações para o mercado futuro de petróleo, gás, café, ouro e até Bitcoin a Bolsa Mercantil de Chicago (CME) abriu um novo tipo de investimento: ‘mercado futuro de água’.
Desta forma, cada contrato futuro de água da CME representa 10 acre-pés de água, ou 12334,8 metros cúbicos.
Sua liquidação será com base no índice Nasdaq Veles California Water, que tem seu valor definido pelos preços praticados nos cinco principais mercados de água da Califórnia.
“Em um momento em que empresas e comunidades ao redor do mundo enfrentam riscos crescentes com relação ao fornecimento de água, acreditamos que soluções baseadas no mercado, como nosso novo índice de água Nasdaq Veles California, podem ser uma parte importante da solução”, disse Tim McCourt , Diretor Global de CME Group Índice de ações e produtos de investimento alternativos.
Assim, embora a água se junte oficialmente a ouro, petróleo e outras commodities na negociação em Wall Street, os contratos serão liquidados financeiramente.
Isso significa que os compradores dos contratos que duram até o vencimento não serão recebidos por uma entrega de milhões de galões de água como fariam com outros futuros de commodities, como petróleo e grãos.
Porém os ‘futuros de água’ da CME não são o primeiro tipo de investimento de derivativos voltado a indústria de água e já há também diversos ETF´s voltados a este mercado.
No entanto, comparado a outros tipos de ETFs, o universo do ETF de água é pequeno, composto por quatro fundos, excluindo ETFs inversos e alavancados, bem como ETFs com menos de $ 50 milhões em ativos.
Itaú
No Brasil o Banco Itaú, um dos maiores do país, também quer permitir que seus clientes tenham exposição ao investimento em água.
Desta forma o banco, por meio da Itaú Asset lançou o ESG H2O Ações que reflete o ETF iShares Global Water UCITS (IH2O) que é listado na bolsa de Londres
“O fundo vai olhar para dois grupos: um de serviços de água e infraestrutura e o outro de equipamentos e materiais de água. Não é só serviço de abastecimento. É todo o ecossistema de água, até para a tese de investimento ser diversificada”, afirma Victor Vietti, superintendente de recomendação do Itaú Unibanco.
A taxa mínima de aplicação no fundo é de R$ 1 real embora eles seja destinado a investidores qualificados, com mais de 1 milhão de reais em investimentos. Sua taxa de administração é de 0,9%, sem taxa de performance.
“Nós sabemos que a água doce é um bem cada vez mais escasso e é de se esperar que empresas que se relacionem de forma positiva com o ecossistema da água consigam se beneficiar desse ambiente”, diz Renato Eid, diretor de estratégia beta e integração ESG da Itaú Asset.
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