Após CEO dizer que Bitcoin é usado para o crime, banco JP Morgan é envolvido em investigação sobre tráfico de drogas
Comandado por Jamie Dimon, crítico ferrenho do BTC, banco é parte de investigação que apreendeu 20 toneladas de cocaína em navio da instituição financeira
Maior banco do mundo, o JP Morgan está envolvido em uma apuração internacional sobre tráfico de drogas, revelou o Wall Street Journal em 9 de julho.
O curioso é que o CEO da instituição financeira, Jamie Dimon, constantemente ataca o Bitcoin, afirmando, entre outras coisas negativas, que a criptomoeda “não passa de uma Pirâmide, de um Esquema Ponzi destinado à atividades criminosas“.
Segundo a publicação do WSJ, autoridades dos Estados Unidos apreenderam um navio da MSC (Mediterranean Shipping Co) contendo cerca de 20 toneladas de cocaína. A droga foi avaliada em US$ 1 bilhão.
O navio no qual a droga foi encontrada pertence ao JP Morgan e, depois da apreensão, está ancorado no rio Delaware, perto do porto da Filadélfia, também nos EUA.
No total, oito membros da tripulação, naturais da Sérvia e de Samoa, foram presos. Outros foram multados e estão sendo processados.
Executivos do setor, advogados especializados na área náutica e despachantes disseram ao WSJ que o caso não tem precedentes, considerando as circunstâncias e o tamanho da apreensão.
Até o momento, o banco não se manifestou sobre o caso mas, segundo o colunista da Bloomberg Matt Levine, a Justiça deve partir do pressuposto de que o JP Morgan serviu como “mula”: o barco pertence à empresa, mas as drogas não.
Especialistas argumentam ainda que considerando que o barco está no nome da JP Morgan Asset Management, a gestora de ativos do banco, na verdade quem os donos do barco carregado com cocaína são os clientes e não o banco.
Apesar das palavras de seu CEO contra o Bitcoin, o JP Morgan tem investido na tecnologia blockchain e em criptomoedas. Como reportou o Cointelegraph, o banco deve lançar em breve sua própria stablecoin, a JPM Coin.
Além disso, a Smartrac, empresa de serviços digitais do portfólio da JP Morgan, anunciou em janeiro uma parceria com a SUKU Ecosystem, startup de blockchain capitaneada pelo ex-executivo da Deloitte Eric Piscini.