Bitcoin pode cair mais 17% e voltar para US$ 49 mil se os touros não conseguirem segurar o BTC em US$ 59 mil, diz analista

‘Se o suporte de $ 59K for violado novamente, o Bitcoin pode cair para $ 49K, onde outra área de suporte forte é encontrada’, destaca analista que acerto a queda do BTC após atingir seu maior valor histórico

Embora o preço do Bitcoin (BTC) tenha recuado para a faixa de US$ 55 mil alguns analistas ainda estão otimistas com a criptomoeda e acreditam que a recente recuperação para US$ 59.500 fortalece a tese de que a queda não foi uma mudança de tendência mas um pequeno descanso para os touros.

Segundo Tammy De Costa, analista da DailyFX, a queda no mercado foi uma reação de parte dos investidores que temeram regulamentações mais rígidas para as criptomoedas em solo americano já que o governo americano vai implementar as mesmas regras que a Receita Federal do Brasil e exigir que transações com criptomoedas sejam informadas ao regulador.

“Embora o valor de US$ 70.000 possa ser visto como outra enorme zona psicológica de resistência, acredito que a liquidação foi em grande parte atribuída ao novo projeto de lei de infraestrutura dos Estados Unidos, que entrou em vigor pelo presidente Joe Biden na segunda-feira. Para os cidadãos e corretores dos EUA, a lei agora exige que as exchanges e os órgãos reguladores relatem as transações do cliente diretamente ao IRS (Receita Federal dos EUA), o que acabará afetando as implicações fiscais para os clientes que inicialmente possuíam / mineraram ativos digitais em suas próprias carteiras”, disse.

De Costa aponta ainda que outro catalisador pode ter sido uma nova pressão da China sobre o mercado, mineradores e investidores.

A analista pontua entretanto que os fundamentos do BTC estão mantidos e que a recente atualização de ‘Taproot’ oferece um maior grau de proteção aos detentores de criptomoeda, o que também limitou o lado negativo.

“Embora o setor tenha perdido aproximadamente US $ 500 bilhões na semana passada, a capitalização total de mercado ainda permanece em torno de US $ 2,5 trilhões e pode continuar a aumentar assim que regulamentações claras forem impostas”, afirma.

Bitcoin vai subir, mas não agora

Já Mikkel Morch, Diretor Executivo e de Gestão de Risco da ARK36, aponta que o Bitcoin vai subir, mas não agora pois o atual momento de queda ainda não acabou e a recente recuperação para US$ 59 mil precisa ser sustentável ou, ao contrário o BTC tende a voltar para US$ 49 mil.

Morch, foi certeiro em pontuar, ainda em outubro que o BTC ia corrigir antes mesmo de passar de US$ 70 mil.

Na época a SEC havia acabado de aprovar o primeiro ETF de Bitcoin da história do mercado e todos os analistas já apontavam que a próxima parada seria só em US$ 100 mil, mas Morch discordou e além de não acreditar no valor ainda pontuou que ao invés de subir o BTC ia cair.

Agora o analista destaca que após a correção o Bitcoin encontrou um forte apoio no limite de 59K, o que confirma que os touros não estão prontos para desistir sem lutar.

“Ainda não está claro se a queda foi uma sacudida saudável do mercado de longos overleveraged, como alguns comentaristas sugeriram, embora essa seja uma possibilidade. Essa sacudida seria a maneira de os mercados eliminarem quaisquer fraquezas estruturais de curto prazo. Nesse caso, a redução não teria causado nenhum dano à perspectiva macro e esperaríamos uma recuperação mais forte se os fundamentos mais amplos permanecerem positivos”, disse.

Contudo, segundo ele, se os touros não encontram força para manter US$ 59 mil ou romper US$ 60 mil novamente isso pode sinalizar o início de uma queda ainda maior.

“Quanto mais permanecermos no nível de preço atual, maior será a possibilidade de uma retração ainda maior. Os investidores devem estar atentos a quaisquer notícias macroeconômicas negativas que possam fazer com que os mercados percam a confiança na continuação da tendência de alta e desencadeiam uma correção maior. Se o suporte de $ 59K for violado novamente, o Bitcoin pode cair para $ 49K, onde outra área de suporte forte é encontrada”, finaliza.

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