Advogados que cuidavam da recuperação judicial do Bitcoin Banco deixam o caso

*A juíza não deferiu a ação de Recuperação Judicial conforme foi mencionado anteriormente, mas sim o pedido para que esse processo se iniciasse. O texto já foi corrigido.

O escritório dos advogados Edson Isfer e Luiz Daniel Felippe não está mais cuidando do processo de recuperação judicial do grupo Bitcoin Banco (GBB). O escritório apresentou na última quarta-feira (22) uma petição pela qual renuncia o mandato. Com isso, o GBB terá até o dia 1º de fevereiro para buscar novos advogados.  

O Portal do Bitcoin teve acesso ao documento pelo qual Felippe e Isfer informaram à 02ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba (PR) a renúncia do mandato de representação. Conforme EXM Partners, a administradora da RJ colocada pela Justiça, a dívida da empresa é de R$ 2,7 bilhões.

Bitcoin Banco sem advogados

No documento não constam os motivos pelos quais deixaram o caso, mas afirmam que o Bitcoin Banco está ciente da decisão e que a representação pelo escritório irá perdurar por mais dez dias. Esse prazo, porém, é calculado a partir da ciência do grupo econômico sobre a comunicação da renúncia. 

Após essa data, segundo o escritório, não deverão constar “os nomes dos referidos advogados das publicações e dos registros referentes à presente demanda”. Esse fato, no entanto, não implica no direito desses advogados receberem os honorários advocatícios.

A reportagem entrou em contato com o escritório de advocacia, que confirmou a renúncia de representação, mas não expôs os motivos que levaram da decisão. Procurado, o Bitcoin Banco preferiu não comentar o assunto.

Há pelo menos dois casos semelhantes. Nelson Willians, escritório que também chegou a representar o GBB em centenas de processos por todo Brasil, também renunciou ao cliente e agora tem contra a empresa um processo no qual cobra R$ 1,8 milhão pelos serviços prestados.

O ex-diretor jurídico e advogado da empresa, Ismair Couto também renunciou aos casos nos quais defendia as empresas criadas por Claudio Oliveira. Dados do pedido de Recuperação Judicial do Bitcoin Banco mostram que Couto tem R$ 71 mil para receber — R$ 20 mil em créditos trabalhistas e R$ 51 mil em créditos quirografários.

Incongruências na recuperação

Na última quinta-feira (16), a administradora judicial do Bitcoin Banco, a EXM Partners, apontou incongruências nos cálculos apontados pela contabilidade do grupo empresarial.

De acordo com as informações contábeis apresentadas pelo grupo até o dia 30 de setembro do ano passado, se constatou “um passivo (circulante e não circulante) no valor total de R$ 2.742.357.033”.

Em contrapartida, a última lista de credores apontava o montante de R$ 507.38.131,07. Essa incongruência fez com que a administradora judicial solicitasse informações sobre as composições do passivo, bem como abertura das referidas rúbricas contábeis. Contudo, as empresas que compõem o grupo econômico ainda não enviaram o que foi pedido pela EXM Partners.

O grupo empresarial teve seu pedido para se iniciar o processo da recuperação judicial concedido no dia 27 de novembro do ano passado pela juíza da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais Mariana Gluszcynski Fowler Gusso.

Na decisão, a magistrada nomeou Eduardo Scarpellini, da EXM Partners, como administrador da massa semi-moribunda de empresas de Claudio Oliveira. Foi dado naquele período 24 horas para Scarpellini aceitar a nomeação e, depois disso, mais 15 para levantar a situação da empresa e mostrar à Justiça.


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