Acusado de golpe com pirâmide de Bitcoin e preso no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos
Lenda do futebol mundial, Ronaldinho Gaúcho completa 40 anos na prisão no Paraguai por uso de passaporte falso e, no Brasil, responde por crimes por suposta ligação com pirâmide de Bitcoin e morte de eletricista
O ex-atleta e duas vezes melhor jogador de futebol do mundo completou 40 anos hoje, 21 de março, preso no Paraguai por tentar entrar no país usando documentos falsificados. Vivendo talvez um dos piores momentos de sua carreira, Ronaldinho também é acusado de ser um dos principais divulgadores de duas empresas acusadas de pirâmide financeira, a Ronaldinho 18k e a LBLV, ambas proibidas no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM.
No caso da Ronaldinho 18k, às atividades da empresa estão sendo investigadas pelo Ministério Público e também foram incluídas no pedido de CPI aberto pelo deputado Áureo Ribeiro (SD-RJ) que pretende investigar pirâmides financeiras no Brasil. Ronaldinho inclusive foi convidado a dar explicações sobre as atividades da empresa na Câmara dos Deputados.
Por meio de estratégias de marketing multinível a Ronaldinho 18k prometia rendimentos garantidos de até 2% ao dia com a venda de produtos e supostas operações com Bitcoin e criptomoedas, porém a empresa não paga os supostos rendimentos desde o ano passado, motivando processos judiciais, bloqueios bancários e investigações. Já a LBLV prometia rendimentos por supostas aplicações com criptoativos no mercado Forex, também proíbido no Brasil pela CVM.
Em outubro do ano passado, Ronaldinho teve que depor no Ministério Público do Estado de São Paulo por conta de sua ligação com a Ronaldinho 18k e negou participação no suposto esquema.
Rumores indicam que, por temer os desdobramentos das investigações, Ronaldinho teria buscado refúgio no Paraguai e, com os documentos falsos, buscava vantagens no país. A Polícia paraguaia desconfia que o ex-atleta tenha ligação com uma quadrilha internacional de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, supostamente comandada pela empresária Dália López, responsável pela ida de Ronaldinho ao Paraguai.
A polícia paraguaia está realizando uma perícia nos equipamentos de Ronaldinho e de seu irmão Roberto Assim em busca de pistas sobre o caso. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a operação de negócios ilegais no país.Os passaportes adulterados usados por Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, custaram US$ 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil) cada um e teriam sido pagos por López que está foragida desde o dia 7 de março,
O Ministério Público do Paraguai já realizou uma operação de busca e apreensão na casa de López, na ocasião foram recolhidos um cofre, documentos e outros itens que poderiam comprovar ligação do ex-jogador com a organização criminosa. O material apreendido será “cruzado” com as informações dos celulares de Ronaldinho e seu irmão. A defesa de Ronaldinho e de seu irmão alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.
Enquanto as investigações no Paraguai buscam desvendar sua relação com Dália Lopez e a possível quadrilha de lavagem de dinheiro,. No Brasil os processos que relacionam o craque com pirâmide financeira e crime contra a economia popular seguem sendo analisados pela autoridades. Além disso, no Brasil tanto Ronaldinho como seu irmão, respondem a mais de 20 processo, entre trabalhistas e até pela morte de um eletricista.