ABCripto anuncia novos associados após denúncia contra Binance
O Alter e uma empresa de câmbio chamada Travelex Bank são os mais novos associados da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).
Segundo Rodrigo Monteiro, diretor-executivo da ABCripto, os novos membros chegam para ajudar a construir “um mercado saudável para empresas, reguladores e pessoas que atuam com iniciativas em blockchain ou criptoativos no Brasil”.
O Alter é um banco digital que opera criptomoedas e oferece cashback em Bitcoin. A diretora jurídica da fintech, Julieti Brambila, já era conselheira da ABCripto mesmo antes da adesão formal. Para o CEO, Vinicius Frias, a Associação busca criar um ambiente de negócios favorável para o setor no país.
“Vejo que a associação está empenhada em criar um ambiente de negócios melhor para quem já participa e também para quem quer participar do mercado de criptoativos. Estamos felizes por poder contribuir com nossa experiência daqui em diante”, diz o executivo em comunicado.
Já o Travelex Bank é uma agência de âmbio autorizada pelo Bacen e que também faz operações de câmbio para criptomoedas. O diretor comercial Paulo Marcos diz que a empresa acredita “no potencial do mercado de criptoativos.
“Estamos prontos para oferecer as melhores soluções em câmbio às exchanges”.
ABCripto x Binance
A chegada de Alter e Travelex Bank configura a segunda mudança no rol de associados desde que a Associação perdeu membros no ano passado. Em certa altura, a ABCripto chegou a concentrar cerca de 20 empresas que detinham mais de 80% do volume de negociação de criptomoedas no país.
Mas, em março, já reunia apenas Mercado Bitcoin, Foxbit e NovaDax após a saída de BitPreço e Ripio. A exchange Bitblue aderiu logo em seguida.
É também a segunda grande mudança no quadro de associados desde que a ABCripto denunciou a Binance à Comissão de Valores Imobiliários (CVM), Ministério Público Federal (MPF) e Banco Central. A reclamação tem ligação com a suposta oferta irregular de derivativos no Brasil.
Nos bastidores, executivos brasileiros que a Binance não segue as mesmas regras impostas a negócios nacionais de criptomoedas. Exchanges não podem, por exemplo, oferecer derivativos nem ações tokenizadas, que requerem licenças específicas da CVM.
A corretora fundada pelo sino-canadense Changpeng Zhao, no entanto, oferece tokens de ações e trade de futuros no país. A empresa não promove esses produtos localmente, mas os sites que os ofertam são livremente acessíveis no país.
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