O dinheiro em papel está com os dias contados já que dinheiro virtual já é usado em 80% das transações no mundo

O dinheiro em papel está com os dias contados segundo um novo relatório publicado pela WorldPay from FIS, uma das maiores companhias de tecnologia para meios de pagamento do mundo

El Salvador foi o primeiro país do mundo a ter uma moeda física oficial, o dólar americano, e uma moeda digital, o Bitcoin. Porém o pioneirismo do país é uma tendência observada em todo o mundo: a substituição do dinheiro físico pelo digital.

O dinheiro em papel está com os dias contados segundo um novo relatório publicado pela WorldPay from FIS, uma das maiores companhias de tecnologia para meios de pagamento do mundo.

O relatório aponta que o uso de cédulas despencou no último ano e que somente 20,5% das transações financeiras do mundo são realizadas em dinheiro físico.

A empresa destaca que o uso do dinheiro físico caiu em todo o mundo e não só em regiões de alta tecnologia. No Brasil o uso de cédulas ocorreu em apenas 35% das operações financeiras.

“A preferência pelo uso do dinheiro físico respeita uma equação complexa que envolve aspectos culturais, político-regulatórios, econômicos, tecnológicos e sociais. Enquanto em países como os Estados Unidos (12%) e China (13%) o dinheiro é cada vez menos utilizado, no Brasil está à frente de mercados considerados maduros, como a Alemanha, onde o dinheiro físico ainda é o método de pagamento preferido em 44% das vendas”, afirma Juan Pablo D’Ántiochia, gerente-geral da Worldpay from FIS para a América Latina.

O crescimento dos métodos de pagamento que não sejam em dinheiro está dividido principalmente entre cartões e pagamentos móveis, sendo que o último deverá representar um terço do mercado de PoS em 2024.

Banco Central

No Brasil o Banco Central já vem sinalizando que o uso do dinheiro físico vem caindo no país. Desta forma, como a demanda por dinheiro físico vem caindo, o mesmo ocorre com o uso de caixas eletrônicos.

“As transações por internet banking e mobile banking seguem em tendência de alta, com aumento de 4% e de 17%, respectivamente, em relação ao ano anterior, e corresponderam a 76% do total de transações. O número de ATMs em operação, por sua vez, reduziu-se em cerca de 3%, encerrando 2019 em 171.284 terminais”, destaca o BC.

Segundo a publicação no Brasil há mais de 123 milhões de cartões de crédito e de 132 milhões de cartões de débito ativos, representando um aumento de 18% e de 14%, respectivamente, em relação ao ano anterior.

“Na comparação interanual, houve um crescimento de 33% no número de transações com cartão de crédito e de 20% com cartão de débito”, destaca,

Além disso, o percentual de transações não presenciais, ou seja, online, com cartões tanto de débito quanto de crédito continua se elevando, representando 1,6% da quantidade de transações com débito e 24,3% das transações com crédito.

Segundo revelou o Banco Central, produzir o dinheiro no Brasil é muito caro. Assim, somente em 2019 a instituição revela ter gasto mais de R$ 90 bilhões com transporte, armazenamento e segurança de numerário.

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