Utilidade global impulsiona a ascensão de stablecoins, segundo Chainalysis
A adoção de stablecoins aumentou em todo mundo, conforme dados da empresa de análise blockchain, Chainalysis. Geralmente pareadas em 1:1 ao dólar americano, muitas economias têm encontrado nesses ativos uma saída contra inflação alta em mercados emergentes.
Além disso, as stablecoins também são consideradas uma ferramenta facilitadora para inclusão financeira, entretanto sem a volatidade de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum
Esses ativos também são uma solução crucial para residentes de países que enfrentam volatilidade cambial, tanto para preservar as poupanças como para facilitar o comércio, aponta o reporte Primavera 2024 da Chainalysis.
Stablecoins facilitam a inclusão social, diz chainalysis
Outro fator positivo citado é o potencial das stablecoins serem usadas por desbancarizados como reserva de valor.
“Embora as principais criptomoedas como Bitcoin e Ethereum tendem a dominar as manchetes e oferecer ganhos que faltam às stablecoins, as stablecoins superaram todos os outros tipos de criptomoedas em uso, representando mais da metade de todo o volume de transações nos últimos meses”, afirma a Chainalysis.
A ascensão contínua das stablecoins revela o alto nível de utilidade que elas alcançaram entre os usuários de criptomoedas. Elas tem desempenhado, acima de tudo, um papel crucial na adoção generalizada das criptomoedas para transações cotidianas.
O gráfico abaixo, que analisa a compra de stablecoins em moeda fiduciária por país, sugere que esses ativos estão se tornando cada vez mais, um verdadeiro ativo global.
Embora os Estados Unidos sejam consistentemente responsáveis pela maior parte das compras de stablecoins, a demanda global só cresce.
Apenas em março deste ano, as compras de stablecoins ultrapassaram US$ 40 bilhões em todo mundo.
Stablecoins vs. PIB
A Chainalysis também comparou a compra desses ativos como uma parte do Produto Interno Bruto (PIB) de cada mais. A ideia é ter uma visão mais clara e ampla de como as stablecoins se enquadram na atividade econômica geral de cada país.
Emergentes como Brasil lideram compras
Com a comparação entre stablecoins e PIB, a conclusão é que Estados Unidos e União Europeia (UE), apesar de terem uma boa fatia deste setor, mercados emergentes lideram as compras.
Brasil, Turquia e Tailândia estão entre as economias emergentes que mais compram stablecoins – quando comparada ao PIB de cada nação. Dessa maneira, a Turquia lidera.
O interesse internacional também reflete, acima de tudo, uma dependência ampla e crescente do USDT em várias regiões do mundo.
Inflação, volatilidade e desvalorização de moedas locais, por exemplo, são os fatores mais citados. A ascensão da economia digital em todo planeta também foi mencionada.
As stablecoins podem não apenas conceder acesso a serviços financeiros essenciais e permitir a participação econômica, mas certamente podem oferecer uma reserva consistente de valor, especialmente para regiões com instabilidade econômica e desvalorização da moeda local, concluí a Chainalysis.
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