Vórtx e MB fecham parceria que permite compra de criptomoedas por fundos de investimento
Empresas aproveitaram nova regulamentação da CVM que permite investimentos em criptoativos por fundos brasileiros.
A Vórtx, fintech que atua na área de tokenização, estrutura em blockchain e administração de fundos, anunciou nesta quinta-feira (30) uma parceria com a exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin (MB) destinada aos fundos nacionais que queiram aportar em criptomoedas no país, por meio de negociações no MB Prime Services, plataforma cripto do MB destina a investidores qualificados.
A operação se enquadra nos parâmetros da Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), editada em dezembro do ano passado autorizando aos fundos de investimento nacionais aportarem até 10% de seus patrimônios em criptomoedas, medida que entrou em vigor em outubro, desde que o investimento seja feito em plataformas regulamentadas.
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A parceria com o MB foi possível porque a Resolução também impõe que a empresa tenha autorização de um órgão regulador internacional. O que é o caso da exchange brasileira, que possui autorização do Banco de Portugal, por meio de sua subsidiária no país europeu.
De acordo com a Vórtx, que possui mais de R$ 500 bilhões em ativos, a normatização da CVM representa “um grande potencial de aumento de alocação nessa classe de ativo pelos nossos clientes.” Já o Head de Soluções da Vórtx, Marcelo Cherri, disse que o ecossistema anterior era limitado, com janelas reduzidas de aquisição, custos elevados e baixa eficiência operacional.
“Com parceiro no Brasil, eu não preciso mais fechar o câmbio. Antes, eu fechava com uma exchange internacional, convertia os reais na moeda ou no dólar, mandava para eles e liquidava. Agora, eu consigo comprar em reais, e como administrador, eu já capturo as movimentações que foram feitas do próprio mercado Bitcoin”, explicou.
Por sua vez, o diretor de Produtos do MB, Guilherme Pimentel, acrescentou que a plataforma possibilita que gestores e administradores façam gestão de permissionamento, “compra e aprova”, ou seja, com duplo fator de autenticação antes da liberação das transferências.
“O objetivo do MB Prime Services é aproximar a experiência de negociação, custódia e liquidação do mercado de ativos digitais com a operação atual do mercado tradicional, proporcionando a segurança, a eficiência e a praticidade que os investidores institucionais demandam. É o primeiro serviço do gênero ofertado no Brasil, o que traz grande eficiência operacional e de custo para os clientes finais, eliminando a necessidade de transferências de recursos para o exterior”, completou.
O MB Prime Services, que também oferece solução de custória, foi lançado no final de outubro, quando a Resolução 175 da CVM entrou em vigor e passou a permitir aos fundos multimercados brasileiros a compra de criptomoedas em exchanges reguladas, sem a necessidade de aplicação indireta por meio de veículos offshore. A regra prevê a composição máxima de até 10% para investidores de varejo, 20% para qualificados e 100% para profissionais, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
