Requerido na CPI das Criptomoedas, Engomadinho do Bitcoin teria aplicado golpe no PCC e no Comando Vermelho

Organizações criminosas de SP e RJ fazem ameaças e prometem recompensas pelo paradeiro de representantes do aplicativo de arbitragem de criptomoedas Bybot.

Supostamente em Bangkok (Tailândia), para onde teria fugido desde a interrupção de saques no aplicativo de arbitragem de negociação de criptomoedas Bybot e um suposto calote de R$ 70 milhões nos usuários do App, Gustavo Diniz, o “Engomadinho do Bitcoin”, estaria sob ameaça das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo (SP), e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro (RJ), segundo informações do portal Metrópoles.
As facções também teriam tomado calote das operações de Gustavo Diniz e  proferido ameaças, inclusive aos familiares do representante da Bybot. Além disso, os deputados federais Caio Vianna (PSD/RJ) e Alfredo Gaspar (União/AL) protocolaram esta semana requerimentos à Câmara dos Deputados para a convocação de Gustavo Diniz à CPI das Criptomoedas.
No caso do PCC, a publicação teve acesso a mensagens em que representantes da organização relatavam terem R$ 30 milhões na Bybot em Bitcoin (BTC), provenientes do caixa da facção. Na mensagem, um homem teria pontuado diversos endereços de pessoas ligadas a Gustavo Diniz que estariam sob monitoramento do PCC e falou em “visita da irmandade” a familiares do representante da Bybot como retaliação ao suposto prejuízo. 
Em relação ao CV, que teria investido na Bybot para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, a reportagem cita a imagem de dois operadores do aplicativo que passaram a circular em grupos de WhatsApp nos últimos dias, apontados como traders que teriam operado diretamente a carteira dos clientes antes da desativação da Bybot. Nesse caso, a facção criminosa carioca teria ofertado R$ 15 mil de recompensa para que revelasse o paradeiro dos dois, porém com a ressalva de que queria os funcionários do aplicativo vivos.
Quanto ao requerimento de convocação de Gustavo para a CPI das Criptomoedas, Caio Vianna justificou que: 
“Dada a gravidade das suspeitas de fraude e os sérios prejuízos causados, é crucial convocar o gestor da empresa para prestar esclarecimentos, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos e recuperar os recursos em benefício das vítimas.”
Por sua vez, Alfredo Gaspar ressaltou que:
“O gestor da Bybot publicava fotos em resorts de luxo, em estações de esqui ou curtindo praias paradisíacas. Repete-se, assim, o roteiro de vítimas lesadas financeiramente por estratégias similares de golpes como as que essa CPI tem investigado.”
Esta semana, o presidente da CPI das Criptomoedas, deputado Aureo Ribeiro (SD/RJ), disse que estuda pedir a prisão preventiva dos representantes da agência de viagens 123 Milhas, após a suspensão de pacotes e emissão de passagens de sua linha promocional no último dia 18 de agosto, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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