Em apenas um mês, mais de 14 mil empresas compraram Bitcoin e criptomoedas no Brasil, declara Receita Federal
Dados da Receita Federal do Brasil (RFB) revelam que, em apenas um mês, mais de 14 mil empresas negociaram Bitcoin (BTC) e criptomoedas no Brasil
Dados da Receita Federal do Brasil (RFB) revelam que, em apenas um mês, mais de 14 mil empresas negociaram Bitcoin (BTC) e criptomoedas no Brasil. Os dados são de setembro, último levantamento realizado pela instituição federal com base nas informações referente a Instrução Normativa 1888.
Segundo a Receita Federal, naquele mês um total de 14.255 empresa negociaram criptoativos no país. No entanto, o número é menor que o registrado em agosto, no qual quase 15 mil empresas negociaram criptoativos estabelecendo o maior número histórico de empresas negociando criptoativos.
Porém, o numero de empresa com exposição ao mercado de criptoativos no Brasil pode ser ainda maior do que o revelado pela Receita Federal, já que a instituição não computa dados referentes a fundos de investimento e ETFs, produtos negociados em corretoras de investimento regulamentadas pela CVM e na B3 e que, geralmente, atendem ao público empresarial.
Os dados da Receita Federal também apontam haver ainda ‘muito espaço para crescimento’ do mercado de criptomoeda entre as empresas no Brasil, já que o país possui em torno de 19 milhões de CNPJ em atividade, das quais cerca de 13 milhões são MEIs.
Enquanto o número de empresas negociando criptomoeda teve uma leve queda, o número de pessoas físicas subiu saindo de 1.307.146 para 1.490.618 registrando no mês o maior número histórico de pessoas físicas negociando criptomoedas em exchanges e fintechs.
Entretanto, embora o número de investidores individuais tenha aumentado no mês, o volume negociado, tanto por pessoas físicas como por empresas, caiu tendo em vista que o valor negociado em setembro foi de pouco mais de 11.3 bilhões e o de agosto foi de mais de 12.5 bilhões.
Exchanges dominam o volume
Os dados da Receita Federal aponta ainda que houve um ‘boom’ de investidores de criptomoedas no Brasil, tanto pessoas físicas como empresas, a partir de julho deste ano, justamente um dos períodos mais duros do bear market.
Especialistas ouvidos pelo Cointelegraph apontam que esse crescimento foi dado provavelmente pelo Paxos, que passou a informar à Receita Federal as movimentações de seus ‘clientes’ no Brasil por meio do serviço de cripto-as-a-service, prestado para grandes empresas no Brasil como Mercado Livre e Nubank. Inclusive ambos já declaram ter mais de 1 milhão de clientes comprando criptoativos.
Entretando, embora o número de clientes (CPF e CNPJ) tenha aumentado com o possível reporte da Paxful para a Receita Federal, analisando os dados da Receita Federal é possível ver eles não tiveram um impacto significativo no volume financeiro de criptomoedas negociadas, que permaneceu na média dos meses anteriores quando estes dados, possivelmente, não eram computados.
Desta forma, isso pode reforçar a premissa de que estas empresas não concorrem ainda com as exchanges de criptomoedas e que elas atuam como uma porta de entrada para uma parte dos investidores de varejo, mas, devido ao serviço limitado que oferecem, assim que os investidores estão mais familiarizados com o mercado eles buscam as exchanges que possuem mais serviços, pares de negociação e outros produtos com criptomoedas.
Confira todos os dados da Receita Federal:
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