Analista de Wall Street Tom Lee aposta em ‘geração de US$ 100 trilhões’ para levar o Bitcoin a US$ 200 mil

Potenciais investidores detém maior fatia da riqueza dos Estados Unidos, alocação parcial desse montante poderia desencadear um rali da maior criptomoeda do mercado

A geração Baby Boomer, de nascidos entre 1945 e 1964, detentora da maior parte da riqueza dos Estados Unidos, entrou no radar do sócio-gerente da empresa de pesquisa de investimentos Fundstrat Global Advisors, Tom Lee, como possível impulsionadora do mercado de criptomoedas. Participação que, caso aconteça, tem o potencial desencadear um rali do Bitcoin (BTC) para os US$ 200 mil segundo o analista. 

Em entrevista ao CNBC, exibida na última segunda-feira (14), ele disse que a geração Baby Boomer detém 76% de toda a riqueza dos Estados Unidos, montante que seria de aproximadamente US$ 100 trilhões. 

The Daily Hodl repercutiu a entrevista nesta quarta-feira (16) em que Lee supôs um eventual aporte de 2% dos US$ 100 trilhões dos Baby Boomers no mercado de criptomoedas. O especialista falava de uma alocação de aproximadamente US$ 2 trilhões, valor que elevaria em pouco mais de 100% a capitalização total do mercado, que nesta quarta-feira (16) era de pouco mais de US$ 1,99 trilhão segundo o mapeamento do CoinMarketCap

O analista abordou a possibilidade de regulamentação como um fator positivo em relação ao ingresso dos Baby Boomers no mercado de criptomoedas, uma vez que esta geração, resultado de uma explosão demográfica do pós-guerra, caracteriza-se por pessoas criadas sob a rigidez e disciplina. Razões pelas quais as pessoas nascidas nesta época, hoje entre 58 e 77 anos, tenham se caracterizado pela busca da prosperidade, estabilidade financeira, valorização da família e aversão a grandes transformações, dentre outros comportamentos. Razões pelas quais esta geração ainda enxerga os criptoativos como um hobby, na avaliação do especialista.

Tom Lee ainda ponderou alguns possíveis riscos para as criptomoedas, que incluem o surgimento de novas tecnologias capazes de corromper os algoritmos criptográficos. 

Há realmente duas coisas que podem acontecer. Uma é se o custo da energia globalmente caísse para zero, porque se você não precisa gastar dinheiro para proteger uma rede de segurança, isso significa que alguém pode lançar um ataque de 51%. E, claro, a segunda é que o hash criptográfico fica exposto, ou seja, alguém encontra uma maneira de realmente, seja quântica, essencialmente derrotar o próprio conceito de prova de trabalho. Então, eu diria que esses são os maiores riscos negativos, argumentou. 

Embora outras estimativas avaliem a riqueza dos Baby Boomers nos Estados Unidos em torno de US$ 70 trilhões, conforme publicou a BBC Brasil em setembro do ano passado, além do mapeamento não sugerir um aumento tão grande quanto o que se referiu Tom Lee (10 a 15 vezes) no caso da alocação financeira proveniente dos Baby Boomers, alguns números oficiais já permitem associar o crescimento do mercado de criptomoedas ao ingresso desta geração. 

A exchange australiana de criptomoedas BTC Markets, por exemplo, observou um aumento significativo de clientes mais velhos que usam sua plataforma, em um balanço financeiro divulgado em setembro do ano passado. Na ocasião, o levantamento da corretora mostrou que 5% dos clientes já eram de Baby Boomers, o que representava aproximadamente 325.000 pessoas usando a plataforma, conforme noticiou o Cointelegraph.

 

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