Não se deixe enganar por baixas de 20%, Bitcoin volta a US$ 50 mil e junto com Ethereum segue em tendência de alta, diz analista

Analista apontam que Bitcoin retomou tendência de alta com rompimento acima de US$ 50 mil e que Ethereum e mais 4 altcoins devem seguir o BTC e subir no curto prazo

O preço do Bitcoin (BTC) valorizou mais de 5% nesta quinta, 23, e voltou a superar a marca de US$ 50 mil trazendo um novo ânimo para os investidores de criptomoedas que aguardavam um novo recuo para US$ 42 mil.

Contribuindo com o otimismo renovado do mercado estão importantes acontecimentos no ecossistema de criptomoedas, principalmente ligado a ETFs, como o de 17 de dezembro quando a empresa de gestão de ativos VanEck registrou um ETF de futuro de ouro e Bitcoin.

Segundo a lâmina, o ETF irá investir em ouro negociado em bolsa, contratos futuros, contratos futuros de bitcoin, instrumentos negociados em bolsa e vinculados ao ouro OTC e veículos de investimento agrupados, incluindo produtos negociados em bolsa (ETPs) que fornecem exposição ao ouro e / ou bitcoin e investimentos em dinheiro e renda fixa.

“Mesclar o bitcoin com um ativo tradicional como o ouro em um produto financeiro seria um marco muito importante para o ecossistema cripto, mas os investidores terão que ficar de olho no contango e no rastreamento de erros”, destacou David Gobaud, fundador e CEO da Passfolio.

Além disso a Valkyrie lançou um fundo que investe em empresas que usam ou mantêm Bitcoin, o ETF Valkyrie Balance Sheet Opportunities. O fundo investirá em empresas que têm exposição direta ou indireta ao bitcoin (como custodiantes, bolsas ou negociantes de bitcoin) e empresas que incluem bitcoin entre seus ativos.

Assim, 20% do fundo pode ser investido em empresas que não atendam aos critérios expostos no prospecto, mas fazem parte do ecossistema bitcoin. No lançamento, o fundo investirá em 17 ações, sendo a MicroStrategy a sua maior participação com 15,31%; O índice de despesas – ou taxa do ETF – será de 0,75%.

Tendência de alta para o Bitcoin

A Passfolio destaca ainda que o estudo “Third Annual Bitcoin Investor Study” da Grayscale Research mostra que o interesse em produtos de investimento Bitcoin cresceu 59% em 2021, contra 55% em 2020.

No entanto, junto com esse interesse vem a angústia – 30% dos investidores estão preocupados com o impacto do Bitcoin sobre meio ambiente, questão que não apareceu nas outras edições do relatório.

“Os administradores de ETF já começaram a tratar do assunto, e a Ninepoint Partners lançou um ETF de Bitcoin neutro em carbono em maio de 2021. Se a preocupação do investidor sobre a pegada de carbono do Bitcoin aumentar, poderemos ver iniciativas semelhantes nos mercados dos EUA”, destaca a empresa.

Sobre o preço do Bitcoin, o Crypto Fear & Greed Index está de volta ao nível de “Extreme Fear” depois de outra semana difícil, com uma pontuação de 25, abaixo dos 28 da semana passada.

O analista William Suberg aponta que “esse preço é atualmente a localização da linha de tendência MM [média móvel] de um ano do Bitcoin, uma linha histórica importante na areia que permitiu uma alta considerável se o BTC / USD o preservasse como suporte”.

Essa é a mesma opinião de Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, que pontua aos investidores que o Bitcoin continua em uma tendência de alta.

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BTC acima de US$ 50 mil

Segundo Lago, embora ainda haja certa dificuldade para o BTC ficar acima de US$ 50.000, o preço começa a mostrar alguns sinais de recuperação por parte dos compradores. Porém, ainda temos alguns empecilhos para voltarmos com força total.

“No gráfico de 4 horas, a EMA de 100 períodos (linha roxa) continua sua influência mais baixista no preço até o momento e pouco volume comprador. No gráfico diário, continuamos na região de indecisão. Seria muito interessante se junto com esse rompimento de U$ 50.000 dólares o preço se mantivesse acima da EMA de 200 períodos (linha laranja) para continuarmos a retomada”, disse.

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Além disso ele aponta que a dominância do BTC sobre o mercado de criptomoedas está tentando formar um fundo triplo a partir de um tempo suporte importante no tempo gráfico semanal, indicando novamente força para o mercado.

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Ethereum e altcoins com potencial de alta

Porém, além do Bitcoin, o analista aopnta que o Ethereum (ETH) também segue em tendência altista. Afunilando numa visão de cunha descendente entre as médias, o que, segundo Lago, têm maior probabilidade de rompimento para cima

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“No par ETH/BTC, segue em tendência altista apoiada na ema20 no gráfico semanal e Acima das médias no gráfico diário”, disse.

Além disso, ele destaca que a dominância de ETH segue numa visão positiva retestando a região de consolidação que foi rompida

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Já Lucas Schoch, CEO e fundador da Bitfy, destaca que além do Ethereum quem vem roubando atenção do mercado e imprimindo grandes ganhos é a Terra (LUNA) que focada na estabilidade do preço e na sua usabilidade, atualmente está despontando e ocupa a 9ª posição no Coin Market Cap.

“A equipe da LUNA tem anunciado parcerias importantes com plataformas de pagamento asiáticas, e hoje a LUNA possui uma valorização semanal maior que 50%”, disse.

O analista também destada a Polygon (MATIC) que foi lançada em outubro de 2017 e foi uma grande contribuidora no ecossistema Ethereum, com sua equipe trabalhando na implementação do Plasma MVP, do protocolo WalletConnect, projeto que permite transações de alto rendimento.

O Polygon é a resposta aos principais desafios encontrados na rede ETH atualmente, como por exemplo as suas taxas altas, uma experiência ruim do usuário e baixa taxa de transferência em transações.

“O projeto que se concentra na redução da complexidade da escalabilidade e transações de blockchain instantâneas, o token MATIC da rede Polygon, está valorizado em mais de 28% nesta última semana”, aponta.

ATOM e AVAX

Em terceiro lugar na lista de Schoch está o token do Cosmos, o ATOM, que se autointitula como um projeto que resolve problemas difíceis enfrentados pela indústria de blockchain, com o objetivo de oferecer um antídoto para protocolos de PoW lentos, caros, não escaláveis e prejudiciais ao meio ambiente, como os usados pelo Bitcoin.

Datado de 2014, quando a Tendermint, uma importante contribuidora da rede, foi fundada, teve seu primeiro white paper publicado em 2016, o token hoje alcança a marca de 25% de valorização no mercado de capitalização cripto.

Na quarta posição o analista aponta a Avalanche (AVAX). Cripto lançada pela Ava Labs em 2020, foi projetada como moeda virtual seis anos antes do primeiro white paper do Bitcoin.

“Pode se dizer que é uma blockchain de camada que opera como uma plataforma de aplicativos descentralizados, e tem como qualidade transações em alta velocidade, executando até 6.500 transações por segundo sem comprometer a sua escalabilidade. Atualmente está valorizando mais de 22% nesta última semana”, disse.

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