Carros de luxo do ‘Rei do Bitcoin’ vão à leilão e podem arrecadar mais de R$ 1 milhão

Além de frota de veículos, outros bens de Cláudio Oliveira vão a leilão na próxima segunda-feira por determinação da 1.ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba (PR).

Avaliados em R$ 1,44 milhão, parte dos bens apreendidos no âmbito da “Operação Daemon” que pertenciam a Claudio Oliveira, o “Rei do Bitcoin”, vão a leilão na próxima segunda-feira por determinação da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba (PR).

Os bens serão colocados à venda através do site Kronberg Leilões. Para participar do leilão, basta criar uma conta no site e seguir os procedimentos determinados pelo edital publicado pela Justiça do Paraná nesta terça-feira. 

Lances poderão ser dados através do site e os compradores devem se comprometer a pagar pelos itens arrematados em até 3 dias após o encerramento do leilão, e a retirá-los em até 10 dias após a expedição da carta de arrematação pelo leiloeiro.

Ao todo, serão disponibilizados 57 lotes compostos por itens variados. Os bens mais valiosos são os veículos de luxo que compunham a frota do “Rei do Bitcoin” nos tempos em que ele esteve à frente do Bitcoin Banco comandando um dos maiores esquemas de pirâmide financeira baseada em investimentos em Bitcoin (BTC) da história do Brasil.

A joia da coroa do patrimônio de Oliveira é um Porsche Panamera 4EHYB, 2017/2018, cujo lance inicial é de R$ 505.800,00. Há ainda três BMWs, modelos X5, 750I e X3, avaliados em R$ 322.800 e R$ 231.300 e R$ 109.100, respectivamente, e um Honda HR-V, que poderá ser arrematado a partir de R$ 140.500.

Completam a oferta, bolsas femininas de grifes internacionais de alto luxo, todas avaliadas em mais de R$ 2.000,00 cada, e outros itens menores, como óculos de sol, cintos, carteiras, mochilas e malas.

A Lamborghini avaliada em R$ 800.000 apreendida na mesma operação não está entre os bens a serem leiloados. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil anteriormente, o veículo de alto luxo foi adaptado para utilização provisória pela Polícia Federal. Na ocasião, a PF informou que o veículo de luxo fora cedido à corporação em caráter temporário pela Justiça Federal e seria devolvido para ir à leilão.

Caso Bitcoin Banco

Oliveira teve a prisão preventiva decretada em 17 de junho e foi preso em 5 de julho. Desde então, sua defesa apresentou três pedidos de soltura à Justiça e todos eles foram negados.

O fundador do Grupo Bitcoin Banco foi indiciado pela Polícia Federal em agosto deste ano por crimes de estelionato, crimes falimentares, crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes contra a economia popular, além de associação criminosa e formação de organização criminosa, na condição de líder de uma suposta plataforma de negociação de Bitcoin que teria lesado clientes através de um esquema de “pirâmide” baseado em investimentos em criptomoedas.

O “Rei do Bitcoin” responde também à acusação de desviar e ocultar ativos durante o processo de recuperação judicial, além de sonegar, omitir e prestar informações sabidamente falsas à Justiça.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil quando do indiciamento de Oliveira, o autintiulado “Rei do Bitcoin” é o principal responsável pelo comando de um esquema de pirâmide financeira estimado em R$ 1,5 bilhão, que teria causado prejuízos a 7.000 clientes do Grupo Bitcoin Banco.

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