Agronegócio brasileiro ganha criptomoeda e planeja emissão de US$ 1 bilhão em tokens até 2026
Nova criptomoeda é iniciativa do programa de vantagens AgroVantagens, com objetivo de estimular a economia circular do setor que cresceu 24% em 2020.
O agronegócio brasileiro, responsável por nada menos que 26% do Produto Interno Bruto do país, vai ganhar uma criptomoeda para criar uma economia circular.
A iniciativa é do AgroVantagens, um programa de fidelidade e benefícios voltado ao agronegócio. O programa tem planos de emitir US$ 1 bilhão de unidades do token, batizado de Agro฿onus, pelos próximos cinco anos.
Jean Carbonera, CEO do AgroVantagens, explica:
“Com o Agro฿onus todos vão poder se beneficiar e contribuir com o crescimento do setor, o aperfeiçoamento e a sustentabilidade ambiental da produção de alimentos no país e no mundo. É um token inédito no Brasil e que vai trazer muitos benefícios para os seus usuários e empresas que participarem do programa”
Segundo nota enviada ao Cointelegraph Brasil, a ideia do programa é tornar o setor “mais sustentável, em âmbito econômico, ambiental e social. Além de possuir um programa de pontos para colocar o serviço em circulação, a moeda pode ser utilizada por produtores ou atacadistas, empresas de varejo, entidades e o consumidor final.” Carbonera diz:
“No lugar da burocracia do sistema bancário, a tecnologia blockchain, os contratos inteligentes e a inteligência artificial vão facilitar os procedimentos e ampliar o acesso ao crédito, o que implica aumento da produção e sustentabilidade do agronegócio”
O AgroVantagens também prevê que os usuários possam ganhar cashback em negociações, além de fazer pagamentos entre membros do programa usando a criptomoeda ou reais. A cotação da criptomoeda será vinculada ao PIB do Agronegócio – que em 2020 cresceu 24,31%, de acordo com os dados do CEPEA/CNA.
À Exame, Carbonero disse que inovações como o Pix e o Open Banking, do Banco Central do Brasil, chamaram atenção do setor para inovações tecnológicas, entre elas as criptomoedas:
“Com o lançamento do Pix, o BC acelerou a digitalização da economia digital, que é a base de nossa plataforma. Além disso, nossa carteira digital utiliza o sistema Pix [por meio de parceria com o banco Votorantim] e nossos objetivos em relação à educação dos consumidores são parecidos. Nosso avanço se apoia no avanço do Banco Central”
O token já está em fase de testes junto aos 35 mil associados da Associação de Investidores em Criptoativos, com os interessados podendo se cadastrar no programa de vantagens a partir de julho de 2021.
LEIA MAIS