‘Gorila de 800 libras’ e padrão histórico podem derrubar o Bitcoin ainda mais, alertam especialistas

Mike McGlone e Rekt Capital estão de olho no aperto monetário do Fed e nos padrões de baixa apresentados pelo BTC em cenários pré-halving do passado.

Orbitando a região de US$ 26,6 mil (+0,24%) no início da tarde desta sexta-feira (22), o Bitcoin (BTC) pode ter sobre os seus ombros o peso de um “gorila de 800 libras” para carregar nos próximos meses. Além disso, o BTC conta com fortes ventos contrários: os padrões de baixas mais acentuadas em meses que antecedem o halving, quando as recompensas por novos blocos minerados caem à metade, previsto para abril de 2024.
Esses possíveis percalços no caminho do BTC, elencados respectivamente pelo macroestrategista sênior da Bloomberg Intelligence, Mike McGlone, e pelo especialista em criptomoedas de pseudônimo Rekt Capital, podem forçar o benchmark cripto a visitar o suporte de US$ 20 mil (-25%) nos próximos meses. 
Quanto ao primeiro caso, McGlone declarou essa semana em entrevista ao canal Understanding Macro que a maioria dos bancos centrais ao redor do mundo ainda devem aumentar suas taxas de juros para a retirada de liquidez do mercado, o que deve levar o mundo “a pior recessão econômica de nossas vidas.”
Entre as autoridades monetárias mundiais, ele usou uma expressão estadunidense para se referir ao Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. No caso, um “800-pound gorilla” (gorila de 800 libras), termo estadunidense usado em analogia a organizações poderosas. Isso porque, segundo ele, o aperto na taxa de juros por parte desse “gorila de 800 libras”, o Fed, deve forçar o BTC a um novo suporte, em US$ 25 mil (-6%), ou menos.
Esse movimento, segundo ele, é uma tendência de devolução de ganhos dos ativos de capital de risco, que atingiram preços estratosféricos com a injeção de liquidez na pandemia. 
“Acho que corre o risco de cair para menos de US$ 25 mil e correr todos os riscos com isso […] O aumento no preço [do Bitcoin] foi excessivo. E vimos isso na Amazon. Vimos isso em todos os ativos de risco e acho que ainda será o indicador antecedente”, explicou.
Por sua vez, Rekt Capital comparou o padrão atual do BTC ao que ocorreu em 2015 e 2019, anos que também antecederam o halving do Bitcoin, evento que ocorre a cada quatro anos aproximadamente. 
“BTC: 2015, 2019 e talvez até 2023? O Bitcoin tem um histórico de revisitar o [preço] macro mais baixo (círculo azul) em seu período pré-halving”, escreveu o especialista no X.

Em outra publicação, ele observou que o BTC rejeitou a média móvel exponencial de 50 semanas (MME) e que há uma lacuna criada pelas negociações da Bolsa Mercantil de Chicago (CME) na região de US$ 20 mil. 
    
Quem parece pouco incomodado com a possível correção de curto prazo da criptomoeda é o skatista brasileiro Bob Burnquist, que decidiu apostar em tokens imobiliários e revelou ser um holder de Bitcoin e Ethereum, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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