8 jogos do metaverso para jogar e ganhar dinheiro no PC ou mobile

Dois setores de ascensão atualmente no mercado de criptomoedas, metaverso e jogos em blockchain oferecem diversas opções para jogadores ganharem dinheiro se divertindo.

Quando parecia que 2021 seria lembrado pela comunidade cripto como o ano em que os jogos em blockchain baseados em NFTs e no modelo play2earn roubaram a cena das novas altas históricas do Bitcoin (BTC) e do Ethereum (ETH), eis que no último trimestre uma nova tendência emerge com força total, reforçando a promessa de que, de fato, nada mais será como antes.

O metaverso vai além da indústria de criptomoedas e se tornou tema de interesse mundial depois que Mark Zuckerberg anunciou no final de outubro que o Facebook mudaria sua marca para Meta e passaria a ter como foco o desenvolvimento de produtos e soluções para ambientes de socialização digital.

Indiretamente, a indústria cripto foi a maior beneficiada. Projetos em desenvolvimento ganharam evidência e seus tokens nativos valorizaram-se exponencialmente, como o Decentraland (MANA) e o The Sandbox (SAND).

Embora as duas plataformas sejam exclusivamente focados na construção de universos digitais customizados pelos usuários a partir da aqusição de terrenos virtuais, os games é que de fato estão servindo como porta de entrada para esta nova dimensão da existência humana, agora dividida entre a realidade e a imaginação de uma nova classe de criadores.

Axie Infinity (AXS) foi o grande pioneiro da aproximação entre estes dois mundos paralelos, tornando real a possibilidade de gerar renda a partir de jogos eletrônicos graças aos recursos econômicos e técnicos da tecnologia blockchain. Desde então, muitos novos games se apresentaram como alternativa ao grande líder do mercado. Conheça alguns deles:

Alien Worlds

Alien Worlds é um dos jogos play2earn mais populares do mercado e por muito tempo manteve-se na primeira posição em número de usuários diários ativos. Há pelo menos dois meses, vem alternando a liderança com Splinterlands.

Alien Worlds é baseado na blockchain WAX, uma rede dedicada exclusivamente a games cujas taxas de transação são baixas e acessíveis. Não é necessário um investimento inicial alto para começar a jogar. Basta configurar uma carteira digital e abastecê-la com 10 unidades de WAX (aproximadamente R$ 4,00), que podem ser comprados na exchange Binance.

Em Alien Worlds, os jogadores são exploradores espaciais que podem escolher localidades de diversos planetas de um universo particular para minerar o Trilium (TLM), um bem natural cujo registro é feito na blockchain, o que o configura como a criptomoeda nativa do jogo. Tanto as recompensas quanto os ativos digitais de Alien Worlds são distribuídos em TLM. 

Depois de escolher seu avatar, o jogador deve optar por uma das opções de ferramentas que permitirão que eles comecem a extrair o Trilium. À medida que vai acumulando mais TLM, os jogadores têm a opção de investir em equipamentos melhores, trocá-los por outros criptoativos ou moedas fiduciárias ou fazer staking.

Alien Worlds (Divulgação).

Alien Worlds é um metaverso estruturado em vários DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas), permitindo que os detentores de TLM tomem parte das decisões a respeito de cada planeta e do desenvolvimento do jogo como um todo. Fazendo staking de TLM, os jogadores tornam-se aptos a participar das votações, podendo até mesmo exercer posições de liderança no ecossistema de Alien Worlds.

DeFi Kingdoms

DeFi Kingdoms está baseado na bolckchain do Harmony (ONE) e combina os recursos de finanças descentralizadas (DeFi) com as potencialidades da economia Play-to-Earn. À difereça de outros projetos GameFi, DeFi Kingdoms é um metaverso DeFi que promove a gamificação das finanças descentralizadas de uma forma intuitiva e divertida.

Para criar um perfil, os usuários precisam ter algumas unidades do ONE, o token nativo do Harmony em uma carteira integrada à MetaMask. O valor inicial para obter autorização para entrar no ambiente do jogo é bastante acessível. Uma vez criado o perfil, um mapa é revelado. 

Defi Kingdoms (Divulgação).

Não se trata apenas de um jogo NFT como tantos outros. O menu remtete a uma exchange descentralizada (DEX). No Marketplace é possível fazer swaps de criptoativos e criar tokens para prover liquidez (LPs). O banco é onde se faz staking de JEWEL, o token nativo do protocolo. O jardim é o espaço em que se pode adicionar os tokens LP em pools de liquidez para gerar renda passiva.

De certa forma, a interface de DeFi Kingdoms lembra uma versão mais divertida e criativa da UniSwap (UNI). O projeto tem como objetivo se tornar a maior DEX do Harmony.

O JEWEL pode ser usado para comprar NFTs exclusivos, como Heróis e Reinos, além de outros ativos digitais úteis aos jogadores, e pode ser destinado à mineração de liquidez através de staking. O JEWEL também é um token de governança que concede aos seus titulares direitos de opinar sobre a evolução e os rumos do projeto.

As recompensas recebidas em JEWEL são em parte bloqueadas para evitar o despejo do token no mercado, o que contrbiuiria não só para a sua desvalorização como também prejudicaria o desenvolvimento do protocolo.

No entanto, é possível minerar JEWELs travados para desbloqueá-los mais cedo. E é para isso que os NFTs do jogo têm sua utilidade. Por exemplo, os heróis podem ser enviados para minerar JEWEL, entre outras missões.

The Sandbox

Inaugurado originalmente em 2011, o The Sandbox baseava-se no modelo tradicional de video games e começou a operar através de um aplicativo móvel que foi baixado por 40 milhões de usuários.

No entanto, “o sucesso do jogo veio dos usuários”, admitiu o cofundador e chefe de operações do The Sandbox, Sebastien Borget. Foram eles que criaram 70 milhões de ativos dentro do ambiente do jogo. No entanto, nenhum deles foi recompensado por isso.

Sob o impacto do sucesso dos NFTs dos CryptoKitties e dos Crypto Punks, cujos ativos digitais tornam-se propriedade dos usuários,  a empresa mudou o seu modelo de negócios. O The Sandbox passou a construir um metaverso descentralizado baseado na tecnologia blockchain, “transformando jogadores em criadores” para possibilizar a monetização dos ativos produzidos no ambiente do jogo.

Qualquer usuário pode criar jogos hospedados no metaverso de The Sandbox utilizando a ferramenta Game Maker, cuja utilização dispensa qualquer conhecimento de linguagem de programação ou experiência prévia.

Ao mesmo tempo, a empresa implantou um “fundo para criadores” para incentivar artistas digitais a criarem peças exclusivas para o metaverso do The Sandbox, permitindo também que eles vendam suas obras no marketplace do jogo e embolsem 100% dos valores obtidos. A empresa fica com uma comissão extra de 5% do total, cujo custo recai sobre os compradores que as adquirem para criar seus próprios jogos, revenderem-nas ou as incorporarem como parte de sua identidade virtual.

Na segunda-feira, o The Sandbox lançou a versão alfa do seu primeiro evento play-to-earn, permitindo aos usuários experimentar e explorar a plataforma pela primeira vez. O evento vai até 19 de dezembro e apenas os jogadores que possuem o Passe Alfa podem experimentar as 18 experiências diferentes que vão distribuir até 1.000 SANDs como recompensa aos participantes. Além disso, haverá drops de três NFT exclusivos.

Os jogadores que não possuem o passe tem acesso liberado a três experiências e ao hub social da plataforma, mas não são elegíveis para receber recompensas. 

The Sandbox (Divulgação).

Os Passes Alfa são bastante limitados. Além de 1.000 proprietários de terrenos virtuais na plataforma escolhidos por sorteio, haverá uma competição diária até o final do evento que distribuirá 750 passes por semana para os vencedores. Para acompanhar os desafios é aconselhável acompanhar o Twitter oficial e o Discord do The Sandbox

Os passes são NFTs, portanto é possível que alguns deles acabem sendo negociados no mercado secundário em marketplaces como o OpenSea. O metaverso de The Sandbox deve ser inaugurado oficialmente em 2022.

Hexarchia

Hexarchia é um jogo de guerra e estratégia inspirado no xadrez e ambientado em três diferentes eras históricas – o Egito antigo, a Roma antiga e o Japão feudal. Poderosos soldados e senhores da guerra competem para impor sua supremacia sobre os demais. Assim como no xadrez, as regras do Hexarchia são fáceis de aprender, mas difíceis de dominar.

Baseado na blockchain da Polygon (MATIC), Hexarchia é o primeiro jogo a combinar entretenimento e uma estética apurada dos videogames tradicionais com os incentivos econômicos da tecnologia blockchain. Não se trata apenas um jogo para ganhar NFTs colecionáveis.

Uma versão alfa foi lançada em outubro. Jogadores que optam por uma assinatura premium, ao custo de 1 MATIC, tem acesso assegurado à versão de testes. No entanto, também é possível acessar a plataforma de graça, dependendo das vagas que restarem disponíveis.

O lançamento da versão beta está previsto para o primeiro trimestre do ano que vem e o lançamento oficial deve acontecer em 2023.

Bloktopia

Bloktopia é um metaverso construído sob a forma de um arranha-céu de 21 andares em homenagem ao suprimento total de 21 milhões de Bitcoins. A proposta dos criadores é que ele se torne um hub de experiências cripto através de ambientes imersivos em 3D e realidade virtual cuja estética remete ao clássico do cinema de ficção científica “Blade Runner – o caçador de andróides.”

Bloktopia (Divulgação).

A moeda nativa da plataforma, o BLOK, funciona como chave de acesso a esse metaverso futurista. Seus habitantes são conhecidos como Bloktopians. Os bloktopianos serão capazes de gerar receitas por meio da propriedade de imóveis, jogos play-to-earn, publicidade, jogos, formação de redes de interesse comum e organizações autônomas descentralizadas (DAOs).

Assim como em Decentraland ou The Sandbox, a propriedade de espaços virtuais ocupa um espaço central na economia de Bloktopia. A proposta dos criadores é construir um ambiente virtual que é mais do que simplesmente um jogo, trata-se de um espaço completo para socialização.

Crypto Cars

O Crypto Cars foi desenvolvido para amantes de jogos RPG e corridas de automóveis. Os carros são baseados em NFTs. Portanto, têm características únicas e podem ser customizados pelos usuários para disputar corridas nas modalidades PvP (jogador contra jogador) ou PvE (jogador contra a máquina). O desempenho é recompensado com CCAR, o token nativo do jogo.

Novos jogadores precisam comprar um carro sob a forma de NFT para ter acesso às competições. Os carros são classificados com base em quatro características: velocidade, potência, combustível e estabilidade.

Todas elas podem ser incrementadas utilizando os CCAR obtidos no marketplace do jogo. Os carros também podem ser vendidos, proporcionando uma outra forma de monetização aos jogadores.

Crypto Cars (Divulgação).

A mecânica do jogo é simples e ele está disponível também para dispositivos móveis. Atualmente, o Crypto Cars conta com 96.000 jogadores, 68.000 NFTs de carros foram mintados, e houve 5,6 milhões de transações registradas na plataforma do jogo.

My Neighbor Alice

My Neighbour Alice é um game multijogadores movido no qual os participantes constroem suas próprias terras virtuais, interagem com vizinhos, realizam diversos tipos de atividades comuns ao dia a dia em comunidades rurais e e são recompensados por isso.

Qualquer pessoa pode fazer parte do metaverso de My Neighbour Alice comprando um pedaço de terra para cultivá-la desenvolvendo atividades como agricultura, pesca, apanha de insetos, apicultura eentre outras coisas. Existem missões que são colaborativas, mas também há competições.

Cada zona do metaverso é governada por Conselhos Comunitários estruturadas sob a forma de organizações autônomas descentralizadas. Os jogadores podem usar seus ALICEs, o token nativo do game, para participar das decisões. Além disso, a DAO ganhará mais poder ao longo do tempo para gerir receitas obtidas através do recolhimento de taxas de transação no marketplace da plataformar para desenvolvimento de recursos adicionais para o jogo.

marketplace é o centro econômico da plataforma, onde NFTs podem ser negociados, customizando os avatares dos jogadores, adquirindo ativos digitais úteis à produção e desbloqueando eventos e recompensas exclusivas.

My Neighbor Alice planeja adicionar recursos DeFi ao jogo. Os NFTs poderão ser usados garantias, tornando-os mais líquidos e, portanto, economicamente mais úteis. Os NFTss rendem juros mensais aos seus proprietários simplesmente por mantê-los.

My Neighbor Alice (Divulgação).

Uma parcela de cada NFT vendido no marketplace da plataforma será destinado a um pool de liquidez. Se um usuário precisa de dinheiro, mas não encontra comprador para o seu NFT, ele pode oferecer seu NFT como garantia e tomar um empréstimo. Para recuperar o controle sobre o NFT, o usuário é obrigado a devolver o dinheiro sacado com juros.

My Neighbor Alice deve ser lançado oficialmente no primeiro semestre do ano que vem.

Arc8

Arc8 é uma plataforma “play-to-earn” para dispositivos móveis baseada na blockchain da Polygon (MATIC), em que e-sports encontram as criptomoedas. No momento, existem apenas dez modalidades de mini-jogos à disposição dos usuários, mas novas opções devem ser disponibilizadas em breve.

A primeira coleção de NFTs do Arc8 foi lançada em 2 de novembro e se esgotou em menos de quatro minutos. Apenas 1.000 unidades de G-Bots foram lançadas na ocasião, com preços que variaram de US$ 35,00 até US$1750. Este é, portanto, o investimento inicial necessário para poder usufruir da plataforma.

A proposta da Gamee, empresa por trás do Arc8, é criar um metaverso em expansão constante para que os usuários possam competir uns contra os outros em troca de GMEEs, a moeda nativa do protocolo, como recompensa.

Arc8 (Divulgação).

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, os tokens do metaverso consolidaram sua tendência de alta no mês de novembro, configurando-se como o mais novo nicho em ascensão da indústria de criptomoedas.

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