5 criptomoedas que ignoraram a falência da FTX e subiram até 10% enquanto Bitcoin e Ethereum despencaram

Analistas destacam que efeito da FTX pode ainda não ter acabado, no entanto, 5 criptomoedas ignoram a baixa no mercado e subira até 10%

Nos últimos 15 dias o mercado de criptomoedas presenciou a falência de uma das maiores empresas do mercado, a FTX e, com ela, outras empresas vem sendo afetadas, enfrentando problemas de liquidez e ameaçando deixar seus usuários ‘na mão’.

Isso levou o mercado de criptoativos a enfrentar um novo teste de stress com o Bitcoin (BTC) chegando a ser negociado na faixa de US$ 15 mil e levando consigo todo o mercado de criptoativos para uma queda massiva que eliminou quase US$ 100 bilhões.

No entanto, enquanto as principais criptomoedas, Bitcoin e Ethereum (ETH) recuaram até 10% outras altcoins do TOP 100 do Coinmarketcap ignoraram a baixa do mercado e registraram ganhos de até 10%.

Entre os criptoativos o destaque foi a Toncoin (TON) que é o token nativo da The Open Network (TON), uma rede blockchain (layer 1), anteriormente conhecido como Gram, o Toncoin pode ser usado para pagar taxas de transação, liquidar pagamentos ou validar transações usando o modelo de consenso de prova de participação (PoS) da blockchain TON.

FTX e o futuro do mercado

No entanto, a alta destes criptoativos pode não conseguir se sustentar ao longo dos próximos dias, já que diversos analistas temem os efeitos do contágio da FTX, em especial na Genesis, uma empresa com grandes conexões com o mercado institucional de investimento em Bitcoins, ETFs, entre outros.

Para Lendel Lucas, Co-CEO iVi Technologies, gestora de investimentos quantitativos, os desdobramentos do caso FTX estão longe de acabar e a expectativa, para o curto prazo, é bem negativa.

“No médio prazo continuamos super bullish, esses acontecimentos demonstram a importância da descentralização, que foi o motivo pelo qual o Bitcoin foi criado, e a necessidade de regulação dos projetos centralizados. Temos certeza de que a indústria cripto em geral vai sair dessa muito mais robusta, com projetos mais sólidos e mais transparentes, para enfim chegarmos na adoção em massa, principalmente por instituições e até por fundos soberanos”, afirmou.

Já José Artur, CEO da Coinext, também acredita que uma recuperação de curto prazo é muito difícil tendo em vista que a lateralização já fazia parte do cenário atual.

“Outro detalhe totalmente relevante é a importância da regulação do mercado cripto. Casos como este mostram que a regulamentação é a única saída para evitarmos situações de insolvência como esta. Justamente por colocar uma regra básica: segregação patrimonial entre os ativos dos clientes e os ativos de uma exchange”, afirmou.

Prova de reserva

Frente ao caso FTX muitas exchanges começaram a divulgar provas de reserva no intuito de acalmar o mercado e evitar mais quedas no preço das criptomoedas. Para Tyler Roessel, chefe de Comunicações Globais da Phemex, isso pode ajudar a garantir a transparência no mercado.

“Atualmente, a maioria das exchanges centralizadas e outras plataformas de criptomoedas CeFi, como credores e custodiantes, mantêm seus dados de ativos em bancos privados e de dados próprios. Sendo assim, eles podem afirmar que os fundos dos seus usuários estão seguros com eles, mas essas alegações são difíceis de verificar. Com uma ‘Prova de Reserva’, os clientes não precisam apenas acreditar na palavra deles, mas podem sim obter uma prova irrefutável de tais créditos, voltando até ao princípio central de cripto – não confie, verifique”, afirmou.

Tyler explica que, por trás do colapso da FTX, assim como o da financiadora de cripto Celsius no começo desse ano, estava a questão da liquidez; o nível (baixo) em que os compromissos que ela assumia eram correspondidos por princípios básicos da economia.

“Isso não se diferencia das taxas de reserva em bancos tradicionais, para prevenir e mitigar “grandes corridas” aos bancos tradicionais.  A prova de reserva garante que um depositário de wrapped tokens – criptoativos que têm o seu valor atrelado a outros ativos digitais – como WBTC (wrapped bitcoin), por exemplo, tenha de fato os bitcoins em reserva, ou então que emissores de stablecoin, como a Circle, tenham realmente os dólares para bancar todas as criptomoedas que emitem”, diz Tyler.

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