40 agentes da PF realizaram operação para prender hacker que fraudou a Caixa e usou Bitcoin para ‘esconder’ dinheiro

Polícia Federal realiza operação e desmembra organização criminosa que usava hacker para roubar informações de contas bancárias e então sacar o dinheiro das contas e ‘lavar’ os valores com Bitcoin

Cerca de 40 agentes da Polícia Federal cumpriram oito mandados de busca e apreensão, como parte da Operação Creeper para combater fraudes bancárias, invasão de dispositivo de informática e lavagem de dinheiro.

Os alvos dos agentes eram hackers que fraudavam a Caixa Econômica Federal e teriam usado Bitcoin e criptomoedas para ‘esconder’ o dinheiro. Os mandados foram cumpridos nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e São Paulo.

No total, segundo a PF, foram apreendidos cerca de R$ 10 milhões. Não há informações da apreensão de Bitcoins ou criptoativos. 

Além disso, apontado como principal mentor do golpe, um hacker de 32 anos, morador de Cachoeira do Itapemirim, também foi preso e é considerado um dos mais atuantes no Brasil.

A investigação teve início após a descoberta de fraudes, desde 2015, em contas bancárias da Caixa e, após investigações, ficou comprovado que o hacker atuava, usando diversas técnicas para infectar dispositivos de informática e obter assim dados para subtrair dinheiro das contas bancárias invadidas.

Criptomoedas

De acordo com a PF, as provas indicam que além de criar os programas maliciosos, malware, ele se utilizava de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro com criptoativos e exchanges de criptomoedas no Brasil e no exterior.

Desta forma, segundo a PF, por meio do malware o hacker obtinha as informações das vítimas e passava para outros integrantes da organização que ficavam responsáveis por transferir o dinheiro das contas para contas controladas pelo grupo.

Este dinheiro então era usado para a compra de bitcoins em plataformas no exterior. Depois o Bitcoin era transferido para exchanges nacionais onde era convertido em reais.

Ainda segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de invasão a dispositivo de informática e produção de programa para invasão de dispositivos; além de furto mediante fraude, associação criminosa com a prática de mais de um crime e ocultação de movimentação financeira proveniente da prática de crimes comprovados de lavagem de dinheiro.

 


Dinheiro apreendido na Operação da Polícia Federal

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