‘2021 será o ano da tokenização no Brasil com a’ benção ‘da CVM’, diz fundador da BitcoinTrade
Fundador da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, destaca que 2021 será um ano importante para o mercado de criptomoedas no Brasil e que o lançamento de security tokens dentro do sandbox da CVM pode ser um grande catalizador para os criptoativos
Para o fundador da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, para além do preço do Bitcoin o que deve ‘bombar’ no Brasil com relação ao mercado de criptomoedas é o início de um movimento, regulamentado, de tokenização de ativos.
Coquieri destacou em entrevista ao Cointelegraph que o sandbox da Comissão de Valores Mobiliários, CVM, que recebeu 32 propostas, algumas, como a do Banco BTG Pactual e da exchange Mercado Bitcoin, será o ‘pontapé’ para o mercado de security tokens no pais.
“Acredito que 2021 terá grandes e boas novidades no setor de security tokens, principalmente, com a ajuda do sandbox da CVM no mercado”, disse.
Coquieri destaca também as empresas que encaminharam propostas à CVM são companhias com respeitabilidade e deve trazer produtos eficientes para o mercado o que ajudará a abrir caminho para um futuro promissor ao setor.
“Portanto, vejo a possibilidade do assunto sobre security tokens progredir durante o sandbox de forma positiva, já que a CVM quer entender a tecnologia, as empresas que estão por trás desse desenvolvimento, pois trata-se de um mercado monetário e que tem que ter uma cuidado muito grande. Acredito que o objetivo é trazer produtos mais eficientes para o mercado e o regulador construir uma regulamentação para este novo mercado, garantindo a proteção dos investidores”, disse.
DeFi
Ainda segundo Coquieri, com relação ao mercado de criptoativos, os investidores precisam estar de olho nos protocolos de finanças descentralizadas, DeFi.
Neste ponto o especialista destaca que os protocolos de DeFi estão ‘à margem’ dos reguladores e que, embora promissores, ainda não estão 100% prontos.
“Na minha visão, os protocolos DeFis ainda estão em uma fase anterior aos security tokens ou outras formas de tokenizar, usando os ativos do mundo real, transformando eles em digital assets. Os protocolos DeFis estão em um ambiente totalmente descentralizado, então acho que este tema ainda está um pouco mais distante do regulador, ainda tem etapas que o mercado está vencendo, mas não está 100% pronto”, pontua.
Quem também está ‘de olho’ no potencial dos protocolos de Finanças Descentralizadas é a Grayscale, um dos maiores players no fornecimento de criptoativos a investidores institucionais.
Recentemente a empresa pediu novos registros de trust para Aave (AAVE), Polkadot (DOT) e Cosmos ( ATOM ).
A Grayscale declarou que os registros não são indicativos de um lançamento de produto definitivo para as cinco criptomoedas mencionadas, apenas que a empresa está preparando as bases para possíveis lançamentos futuros.
“Ocasionalmente, faremos solicitações de reserva, embora isso não signifique que colocaremos um produto no mercado”, disse a empresa à mídia do setor.
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