ETFs de criptomoedas são superados e ficam atrás de ações de tecnologia e saúde no Brasil em setembro

Finanças, healthcare e criptomoedas encabeçaram a lista dos vencedores enquanto fundos atrelados ao hidrogênio verde e ao Ethereum amargaram piores quedas.

Dados divulgados pela Bolsa de Valores do Brasil, a B3, nesta terça-feira (11), revelaram que a lista dos dez fundos negociados em bolsa, ETFs na sigla em inglês, que mais se valorizaram no mês de setembro foi encabeçada por fundos que replicam ações brasileiras do setor financeiro, e dos Estados Unidos, de empresas de tecnologia voltadas à saúde, além de criptomoedas, como o Bitcoin (BTC) e projetos envolvendo contratos inteligentes. 

Por outro lado, ETFs atrelados à rede blockchain Ethereum (ETH) também ocuparam as primeiras posições na lista dos dez principais perdedores no mesmo período, embora o pior desempenho tenha sido de um fundo do Itaú Asset, o YDRO11 (-12,17%), que acompanha a exposição ao setor de hidrogênio por meio de “19 empresas especializadas na produção, armazenamento e transporte de hidrogênio e na concepção e fabricação de células a combustível.”

Os números também mostraram que os ETFs que acompanham fundos imobiliários e empresas de tecnologia dos EUA também seguiram a tendência de baixa por causa, principalmente, do aperto da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central do país da América do Norte. 

No caso dos ETFs com melhor desempenho, a primeira colocação foi do FIND11 (+3,61%), atrelado ao Índice Financeiro (IFNC) da  BM&F Bovespa. O segundo lugar foi do HTEK11 (+2,88%), que replica uma cesta de 50 ações de empresas de tecnologia voltadas à saúde, seguido respectivamente pelo QBTC11, primeiro ETF 100% atrelado ao Bitcoin, da gestora QR Asset, o BLOCK11 (+2,59%), que replica o índice MVIS Crypto Compare Smart Contract Leaders Brazil Index, atrelado ao desempenho de uma cesta de altcoins de redes blockchain, como a Ethereum (ETH), Solana (SOL), Cardano (ADA) e outras, e pelo B5MB11 (+2,30%), um fundo de renda fixa constituído por títulos do Tesouro Nacional. 

Completam o Top 10 o WEB311 (+1,95%), um fundo da gestora brasileira Hashdex que também é atrelado a plataformas de contratos inteligentes, o MATB11 (+1,85%), o FIXA11 (+1,75%) e o IB5M11 (+1,71%).

Em relação aos piores desempenhos de setembro, o YDRO11 foi seguido por dois ETFs que replicam a rede Ethereum, o ETHE11 (-11,81%), da Hashdex,  e o QETH11 (-11,71%), da QR Asset, além do XINA11 (-11,34%), um ETF de renda variável que acompanha o índice MSCI China, composto por empresas chinesas de médio e grande porte. 

Completam a lista das maiores baixas de setembro o JOGO11 (-10,87%), um ETF coordenado pela Win The Game, uma joint venture do BTG Pactual em parceria com a Fix Delivery Partners, que replica no Brasil o ESPO (VanEck Video Gaming & E-Sports ETF), um ETF americano listado na Nasdaq que é atrelado no desempenho de 26 desenvolvedoras de jogos, o GENB11 (-10,81%), o ALUG11 (-9,89%), o 5GTK11 (-9,86%) e o URET11 (-9,14%).

Atrás apenas do IVVB11, um fundo da Blackrock Brasil Gestora de Investimentos, em relação aos 164.438 cotistas do ETH que segue o índice S&P 500, o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (HASH11), da Hashdex, ficou na vice-liderança com 154.668, segundo um relatório compilado da empresa de análise Economatica. Já o banco Morgan Stanley apontou o HASH11 como um dos principais ETFs de criptoativos do mundo, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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