10 maiores hacks de criptomoedas em 2022 causam prejuízo de 2,7 bilhões e respondem por 75% dos fundos roubados
Levantamento da TRM Labs revela que protocolos DeFi continuam sendo o alvo principal dos hackers, com 80% do total em criptomoedas drenadas.
Cerca de US$ 3,7 bilhões em criptomoedas foram roubados em 2022 através de ataques hackers. Desse total, US$ 2,76 bilhões foram parar nas mãos dos responsáveis pelos 10 maiores ataques promovidos ao longo do ano, montante que representa aproximadamente 75% do total de fundos roubados. Foi o que revelou a empresa de inteligência em blockchain TRM Labs em uma retrospectiva publicada na última quinta-feira (29).
Ao lembrar que 2022 representou um recorde em hacks de criptomoedas, a análise informou que os protocolos envolvendo finanças descentralizadas (DeFi) foram os principais alvos dos cibercriminosos, respondendo por aproximadamente US$ 3 bilhões dos fundos roubados ao longo do ano, o que equivale dizer que as vítimas de DeFi representam cerca de 80% do total.
Em relação aos tipos, cinco dos 10 maiores ataques exploraram alguma brecha na infraestrutura enquanto três hacks obtiveram êxito através de falhas no código dos projetos. Em um dos casos, o do protocolo de stablecoin baseado em crédito Beanstalk Farms, o ataque teria ocorrido em função de falhas de segurança relacionadas a duas emissões de governança aos criminosos. Quanto ao ataque hacker à FTX, que aconteceu depois do colapso da exchange, em novembro, a causa é desconhecida.
No topo da lista, com US$ 612 milhões em criptomoedas roubadas, está o ataque à infraestrutura da rede Ronin, que é uma sidechain criada para permitir aos usuários do jogo play-to-earn (P2E) Axie Infinity (AXE) transferirem seus ativos entre a rede Ronin e a rede Ethereum (ETH). A segunda e a terceira colocação são ocupadas por hacks recentes, no caso a exploração de uma ponte da BNB Chain (US$ 570 milhões), em outubro, e o “sem explicação” hack da FTX (US$ 400 milhões), em novembro.
Em quarto, quinto e sexto lugar, respectivamente, estão os ataques às pontes de tokens Wormhole (US$ 326 milhões, em fevereiro) e Nomad bridge (US$ 190 milhões, em agosto) e à Beanstalk (US$ 182 milhões, em abril).
Em ordem decrescente, a lista prossegue com o hack à empresa de negociação algorítmica e empréstimo de criptomoedas Wintermute Trading (US$ 160 milhões, em abril), o ataque à exchange descentralizada (DEX) Maiar (US$ 113 milhões em junho), o hack à plataforma descentralizada baseada na rede Solana Mango Markets (US$ 112 milhões, em outubro) e o ataque à ponte Horizon Bridge, do protocolo Harmony (US$ 100 milhões, em junho).
Além dos hacks, os investidores também foram pressionados ao longo do ano por 10 fatores macroeconômicos e geopolíticos que impactaram as criptomoedas em 2022 que podem continuar em 2023, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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