Youtube é uma babá centralizada, diz Cameron Winklevoss sobre restrições de conteúdo

A onda de proibição pelo Youtube dos canais ligados a bitcoins e outras criptomoedas tem gerado críticas no Twitter. Cameron Winklevoss, sócio da exchange Gemini, e o trader de Bitcoin Tone Vays foram algumas pessoas que tweetaram comentando essa atitude.

Segundo Winklevoss, o Youtube não conseguirá vencer pela censura derrubando canais. Para o fundador da Gemini, surgirão empreendedores com um provedor descentralizado que respeite a liberdade de expressão. 

“O YouTube pode vencer a batalha em relação a policiar e agir com babá de conteúdo de policiamento e babá, mas eles perderão a guerra. Uma brilhante equipe de empreendedores irá aparecer e criar um produto descentralizado e resistente à censura, que respeite a liberdade de expressão e atrapalhe a babá centralizada”.

Proibido pelo Youtube, livre no Twitter

O tweet de Winklevoss foi feito após Tone Vays ter seu canal derrubado no último dia 16. Todos os conteúdos do trader entusiasta do bitcoin foram removidos do ar uma hora depois do primeiro aviso e meia hora depois dele enviar a defesa. O canal tinha 90 mil inscritos.

Vays, porém, respondeu a Winklevoss que não vislumbra tal possibilidade e acredita que “o melhor que podemos esperar é uma empresa bem capitalizada para fornecer armazenamento de conteúdo de backup criptografado/distribuído no lado do cliente sem portas traseiras”.

No mesmo Tweet, o trader aproveitou para alfinetar as novas criptomoedas: “O que temos criamos agora é apenas mais #Shitcoins”.

No dia em que teve seu canal apagado, Vays resolveu postar o aviso de notificação enviado pelo Youtube. Nesse comunicado, portanto, constava que ele foi denunciado por produzir algum tipo de conteúdo impróprio e que a equipe da empresa controlada pelo Google havia analisado o caso e decidido encerrar a conta.

Da proibição do Youtube à Covid-19

Esse caso, porém, não foi o mais comentado no Twitter sobre proibição no Youtube. Ran Neuner, apresentador do programa Crypto Trader na CNBC África,  após ter um vídeo removido do seu canal na última segunda-feira, resolveu tweetar.

Apesar de ele ter um canal sobre criptomoeda, o assunto era o Covid-19. O vídeo apagado, porém, era de dois médicos que criticaram o Lockdown. Neuer afirmou no tweeter que o conteúdo não era sensacionalista e que estaria “baseado apenas em dados e ciência”. Ele disse que a “censura é absurda e viola nossos direitos”.

Em resposta, algumas pessoas afirmaram que não haveria violação pois o Youtube é uma empresa privada e tem esse direito, outros mencionaram sobre a censura que também sucede no Facebook e muitos comentaram sobre a questão do Covid-19.

O Youtube também apagou, mas depois de retornou ao ar, canais sobre criptomoedas no Brasil. Rodrigo Digital e Ronaldo Silva -RS, assim como Tone Vays tiveram seus vídeos removidos.


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