Novos tempos: Confira se é melhor investir em criptomoedas em Banco tradicional ou em corretora ligada a Bolsa de Valores, B3

Onde é melhor comprar fundos de investimento ou ETFs de criptomoedas: Em um banco tradicional ou em corretoras ligadas a B3

Os tempos mudaram.

A frase é clichê mas não encontrei nada melhor para definir o momento atual do mercado de criptoativos no Brasil e em alguns países do mundo no qual é possível ter exposição ao investimento em Bitcoin (BTC) e criptomoedas por meio de bancos tradicionais e pela Bolsa de Valores.

No Brasil bancos tradicionais como o Itaú que há menos de 12 meses gritava que criptomoedas eram usadas para lavagem de dinheiro e com isso fechava conta de empresas e pessoas ligadas ao mercado de criptoativos, hoje, afirma que as criptomoedas são uma grande forma de investimento e inclusive é parceiro no primeiro ETF de criptomoedas do Brasil.

Mas não é só o Itaú, em praticamente todos os bancos do Brasil é possível ter exposição a investimento com criptomoedas, seja no Inter, Nubank ou Banco do Brasil, é possível comprar fundos multimercado com exposição a criptomoedas ou ETFs lastreados em Bitcoin e cripto.

Enquanto isso pode parecer normal para um investidor acostumado a Bolsa de Valores, aos Brokers e que está entrando agora no mercado de criptomoedas o fato é no mínimo inusitado para quem já investia em criptomoedas desde pelo menos 2018 e que sofria para explicar para a família que aquilo era o futuro e que ele/ela não estava vendendo drogas na internet.

Para ‘celebrar’ este novo momento, ao invés de montar um texto sobre o que é melhor: manter seu Bitcoin em uma exchange ou em carteiras quentes/frias em parceria com a Genial Investimentos, um dos player tradicionais que também oferece exposição a criptomoedas, montamos um guia para ajudar os novos investidores de criptomoedas a escolher o que ele acha que pode ser melhor:

Comprar ETF de Bitcoin em Banco tradicional ou em corretora ligada a Bolsa de Valores, B3

Bem vindo aos novos tempos.

ETFs de criptomoedas

Atualmente o Brasil possui dois ETFs de Bitcoin, sendo o QBTC11, lançado pela QR Asset em junho, o pioneiro no setor e que já acumula R$ 128 milhões em AUM e bateu, na segunda 12, o recorde de negociação na B3. Foram negociadas 3,861 milhões de cotas, um total de R$ 41,884 milhões movimentados.

Já o Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice (BITH11) o primeiro ETF de criptomoedas que replicará um fundo que busca neutralizar as emissões de carbono resultantes da mineração do BTC.

A previsão é que este produto chegue na B3 ainda na primeira quinzena de agosto. 

Além do ETF de Bitcoin o Brasil também ganhou recentemente dois ETFs de Ethereum (ETH). O primeiro deles será negociado sob o ticker QETH11 e replica o preço do Ethereum seguindo o índice CME CF Ether Reference Rate, um dos mais amplos e seguros do mercado, que é usado pela Chicago Mercantile Exchange Group – maior bolsa de derivativos do mundo.

O QETH11 recebeu aprovação inicial da CVM no dia 28 de junho e deve ser negociado na B3 ainda em agosto.

No caso da Hashdex o produto será negociado com o ticker ETHE11 e também deve ser disponibilizado para negociação na B3 ainda em agosto, segundo informou a empresa.

Segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph, o administrador do ETF da Hashdex será o Banco Genial e a empresa brasileira também conta com parceria com a Nasdaq na elaboração do produto que será negociado no Brasil.

A Hashdex também administra um ETF de criptomoedas, o HASH11, que segundo relatório compartilhado pela Big Data Smartbrain, com o Cointelegraph Brasil é o segundo produto de investimento mais negociado na B3.

No caso dos fundos multimercado com exposição aos criptoativos há mais de 20 no mercado nacional, todos aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, e com diferentes composições nas criptomoedas que integram o fundo

FUNDO NO MÊS NO ANO 3 MESES
HASHDEX 20 NASDAQ CRYPTO … -0,78% 10,40% -10,65%
HASHDEX 40 NASDAQ CRYPTO … -1,66% 18,14% -21,09%
HASHDEX 100 NASDAQ CRYPTO… -4,44% 29,34% -47,06%
HASHDEX BITCOIN FULL 100 … -2,65% 11,81% -53,30%
BLP CRYPTO ASSETS FIM IE 2,76% 72,55% -19,95%
BLP CRIPTOATIVOS FIM 0,62% 14,26% -3,33%
QR BLOCKCHAIN ASSETS FIM … -3,33% 45,37% -28,62%
QR BTC MAX FIM IE -2,48% 13,93% -52,02%
VTR QR CRIPTO FIM IE 2,69% 24,78% -41%
VITREO CRIPTOMOEDAS FIC F… 2,60% 24,42% -40,70%
VITREO CRIPTO METALS BLEN… 4,83% 2,04% -12,55%
HASHDEX OURO BITCOIN RISK… 3,79% -2,92% -18,84%
HASHDEX BITCOIN I FIM IE -2,58% 12,33% -53,31%
HASHDEX CRIPTOATIVOS II F… -1,64% 18,62% -20,78%
HASHDEX CRIPTOATIVOS I FI… -0,75% 10,88% -10,35%
BOHR ARBITRAGE CRIPTO FIM… 2,97% 35,62% 1,22%
VITREO CRIPTO DEFI FIC FI… 16,53% -38,79% -37,60%
BTG PACTUAL BITCOIN 20 FI… -0,74% -11,40% -12,19%
VITREO BITCOIN DEFI FIM -3,75% -26,56%
VITREO BITCOIN DEFI FIA -4,06% -5,24%
TITANIUM CRIPTO FIM IE 1,15% -2,02%
CDI (Benchmark) 0,16% 1,44% 0,85%

ETFs e fundos de criptoativos em banco ou corretora

Ter acesso tanto a fundos de investimento com exposição as criptomoedas como a ETFs de criptoativos é relativamente simples e, basicamente é ncessário somente ter acesso a uma plataforma aprovada pela CVM que ofereça este tipo de opção, como é o caso da XP, Genial, entre outras.

Da mesma forma como ocorre na compra e venda de ações, a negociação de ETFs ocorre no mercado integral ou fracionário, bastando o investidor ter uma conta aberta em uma plataforma de investimentos de uma corretora com acesso ao Home Broker.

    Até alguns anos atrás, os bancos eram tidos por muitas pessoas como a única possibilidade para investir. Entretanto, assim como ocorreu em uma série de setores da sociedade, a tecnologia permitiu que corretoras de valores e fintechs sofisticassem seus serviços a ponto de hoje se apresentarem quase como sinônimos de aplicações financeiras. 

    Ainda assim, muitos questionam se é melhor investir com banco tradicional ou corretora. A resposta está na análise do que cada um pode oferecer. 

    Vantagens de investir com bancos 

    Por se tratar de instituições tradicionais na vida do brasileiro, os bancos certamente oferecem sensação de tranquilidade em relação ao uso do dinheiro do cliente. Isso tem a ver com questões como o hábito de ir até a agência e conhecer a marca da instituição, principalmente quando se trata de um banco grande. 

    Além disso, em termos de comodidade, os serviços bancários podem ser atrativos, já que é comum que os gerentes ofereçam soluções para simplificar a vida do investidor, que em muitos casos, sequer exigem acompanhamento mais detalhado dos ativos, seja na sua escolha, seja no seu rendimento. 

    Vantagens de investir com corretoras 

    Justamente por conta da facilidade que o cliente tem de investir por meio dos bancos é que as corretoras precisam sofisticar seus serviços, na oferta de soluções diferenciadas. É por isso que geralmente elas oferecem maior diversidade de produtos financeiros, com ativos originados em diferentes instituições.

    Além disso, as corretoras têm se destacado por conta do uso da tecnologia na oferta de aplicativos e plataformas mais robustas, além das taxas cobradas. Nos últimos anos, elas revolucionaram o mercado com a isenção das taxas de Tesouro Direto, o que obrigou os bancos a também oferecerem essa isenção para não perderem clientes. 

    O principal problema dos bancos tende a ser o conflito de interesses. Em geral, os gerentes precisam se preocupar tanto com os interesses do banco quanto do cliente, o que justifica a oferta de produtos pouco atraentes como os títulos de capitalização, por exemplo.

    Na tentativa de cumprir metas internas, as instituições tradicionais podem indicar ativos nem tão vantajosos

    .Por outro lado, uma deficiência que o investidor pode encontrar em algumas corretoras é ter que transferir o dinheiro da conta bancária para a conta da corretora sempre que quiser fazer uma aplicação.

    Dependendo da instituição onde ele tem o seu cadastro e da regularidade com que faz as aplicações, acaba sendo possível ter prejuízo, já que muitos bancos cobram valores elevados para fazer esse tipo de operação. 

    Qual opção escolher 

    O mais indicado é o investidor assumir o controle da sua vida financeira. Assim, ele mesmo passa a ser o responsável pela escolha dos ativos mais propícios para os seus interesses, considerando elementos como seu perfil pessoal e o potencial de cada aplicação. 

    Nessa lógica, as corretoras costumam ser mais interessantes do que os bancos, pois elas permitem essa maior autonomia aliada a uma oferta mais diversificada de ativos financeiros, principalmente em renda variável

    Por outro lado, os bancos podem ser alternativas interessantes para quem não pretende se envolver com o universo dos investimentos, mas quer resultados financeiros melhores no longo prazo.

    Nesse caso, a opção de confiar essa tarefa ao gerente pode ser considerada, muito embora a tendência é de que no longo prazo esses resultados sejam inferiores aos de investidores que optaram por outro caminho. 

    O que analisar antes de investir 

    No geral, as corretoras costumam trazer melhores possibilidades, desde que o aplicador saiba qual é o seu perfil e trabalhe com estratégias. Isso pode ser identificado a partir de uma análise que que define os perfis dos investidores como conversadores, moderados e arrojados.  

    Existem ativos indicados para cada tipo de perfil, ou seja, entendendo qual é o perfil, o investidor pode olhar para aquilo que o mercado oferece e escolher onde investir seu dinheiro. Caso ele seja de perfil arrojado, por exemplo, soluções como o mercado de ações, em especial, práticas como o day trade ou os fundos de investimentos costumam ser recomendadas. 

    Já para o conservador, soluções de investimento em renda fixa como o Tesouro Direto e os CDBs acabam fazendo mais sentido, uma vez que elas permitem a formação de uma reserva de emergência útil para os primeiros passos na construção de uma estratégia financeira.

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