Copa do Mundo pode atrair mais da metade da população global para Web3, afirma Dapp Radar

Competição esportiva mais popular do planeta pode contribuir para a adoção em massa da Web3, sugere um relatório recém publicado do Dapp Radar.

Competição esportiva mais popular do planeta, a Copa do Mundo do Catar tem o potencial de promover a adesão maciça de usuários à Web3, uma vez que 5 bilhões de pessoas no mundo todo estão acompanhando a 22ª edição do campeonato mundial de seleções organizado pela FIFA. A cifra corresponde a mais da metade da população global, estimada atualmente em pouco mais de 8 bilhões de pessoas.

“Neste ano, a Web3 se conectará com mais da metade da população mundial por meio de patrocínios, anúncios e experiências interativas” durante a Copa do Mundo, destacou um relatório publicado pelo Dapp Radar na semana passada. E acrescentou em seguida:

“A Copa do Mundo é um dos poucos fenômenos globais onde todas as nacionalidades, raças, ideologias ou religiões podem se unir. É o evento esportivo mais assistido do mundo, tendo atraído 3,5 bilhões de espectadores durante a edição de 2018. Espera-se que esse número ultrapasse 5 bilhões nas próximas seis semanas.”

Grandes empresas associaram-se à FIFA para oferecer aos fãs de futebol experiências interativas que unem espaços imersivos, tokens não fungíveis (NFTs) e games diversos.

A própria FIFA lançou 5 jogos blockchain diretamente relacionados à Copa do Mundo do Catar às vésperas do início da competição.

A Visa desenvolveu uma experiência interativa em que pessoas comuns podem transformar suas jogadas capturadas em espaços imersivos em seus tradicionais espaços de reunião de torcedores em algumas das principais cidades globais.

A empresa criou um sistema para capturar momentos marcantes e transformá-los em tokens não fungíveis baseados na blockchain da Cronos, rede descentralizada da Crypto.Com. A exchange de criptomoedas baseada em Singapura, por sua vez, é patrocinadora oficial do evento.

A exchange também fechou uma parceria com outra patrocinadora do evento, a cervejaria Budweiser, para criar NFTs dos placares dos jogos a partir da escolha inicial de uma seleção a ser escolhida pelo usuário.

Grandes momentos da história das copas foram transformadas em pacotes de figurinhas virtuais sob o formato de NFTs baseados na blockchain da Algorand (ALGO), que podem ser comprados a preços populares.

Impactos da Copa do Mundo sobre o mercado de NFTs

A Copa do Mundo exerceu um impacto direto sobre o mercado de NFTs nos dias que antecederam o início do torneio. Os colecionáveis do Sorare, um fantasy game de futebol em que os usuários podem colecionar e comercializar tokens não fungíveis de grandes jogadores do futebol mundial, além de disputarem torneios semanais, superou os itens de diversas coleções populares de NFTs em termos de volume de negociação.

Semanalmente, os usuários do Sorare montam equipes com seus colecionáveis para acumular pontos com base no desempenho dos jogadores em competições reais.

De acordo com o Dapp Radar, “nos últimos 30 dias, Sorare é a segunda maior coleção de NFTs em termos de volume negociado, ficando atrás apenas da Bored Ape Yacht Club (BAYC). Os cards do fantasy game superaram as coleções de primeira linha, como Doodles, Azuki e Moonbirds.”

Fan tokens ganham mais popularidade

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, os fan tokens capitalizaram o efeito Copa do Mundo de duas formas distintas. Primeiramente, a mais óbvia: houve um aumento da negociação dos tokens do setor, gerando fortes movimentos especulativos baseados nos potenciais resultados das seleções que já lançaram seus próprios fan tokens em relação aos seus resultados no mundial.

Em segundo lugar, abriu a possibilidade de que novas ferramentas sejam incorporadas ao ecossistema, potencializando a utilidade e adoção desta classe de ativos no futuro.

A Socios.Com, plataforma líder na emissão e comercialização de fan tokens, estima que 17.000 detentores desta classe de ativos digitais tomarão parte das decisões de governança propostas pela empresa em associação com os clubes, recebendo prêmios e recompensas em contrapartida.

Ou seja, trata-se de um número ainda muito pequeno dado o contingente global de usuários que pode ser engajado no setor através de recursos das criptomoedas e da Web3.

Ainda mais levando-se em conta que 82 agremiações já lançaram seus fan tokens oficiais através da Socios.Com, incluindo gigantes europeus como Milan (Itália), Juventus (Itália), Barcelona (Espanha), Manchester City (Inglaterra) e Paris Saint-Germain (França), além das principais potências do futebol brasileiro: Flamengo, Corinthians, Atlético Mineiro, Palmeiras, São Paulo e Internacional.

Patrocínios

Cada vez mais as empresas da indústria de criptomoedas, tecnologia blockchain e Web3 estão investindo no patrocínio de agremiações, ligas e eventos esportivos, tornando as suas marcas cada vez mais conhecidas entre o amplo público composto por fãs de futebol e outros esportes.

Além da Copa do Mundo, a Crypto.Com tem um contrato em vigência até 2026 com a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) para patrocinar o mais importante campeonato de futebol da América do Sul, a Copa CONMEBOL Libertadores.

A exchange também associou sua marca ao Paris Saint-Germain, clube francês que é a casa de três das maiores estrelas do futebol mundial e da Copa do Mundo do Catar: o francês Kylian Mbappe, o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar Jr.

A lista de patrocinadoras de clubes de futebol inclui ainda a rede de camada 1 Tezos (XTZ), que se associou ao tradicional Manchester United (Inglaterra), e a Binance, que fechou uma parceria com a Lazio (ITA), que inclui a exposição da marca da exchange na camisa de jogo da equipe, e a emissão e a comercialização dos fan tokens oficiais da Lazio.

Até mesmo a maior rivalidade individual recente do futebol mundial, que opõe Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo chegou ao ambiente da Web3. O primeiro tem contratos de embaixador das marcas da Socios.Com e do Sorare, sendo que no caso do último o contrato inclui também uma pequena participação na empresa; o segundo tem um contrato de exclusividade com a Binance, que inclui o lançamento de uma coleção personalizada de NFTs.

eSports são a próxima fronteira

Um passo decisivo para estimular a integração e o engajamento de novos usuários a Web3 é o mercado de eSports, segundo o relatório do Dapp Radar:

Com um contingente estimado de 2,4 bilhões de jogadores de videogame hoje no mundo, os jogos baseados em blockchain têm o potencial de conquistar a indústria de eSports nos próximos anos. Em setembro, durante a AxieCon em Barcelona, a Sky Mavis organizou três torneios de e-sports com um prêmio total de US$ 1 milhão. Graças às guildas de jogos e à próxima geração de jogos blockchain, incluindo Splinterlands, Gods Unchained, vários MMOs e battle royales, pode ser apenas uma questão de tempo para que os jogos da Web3 entrem no palco principal dos eSports. Os eSports da Web3 pretendem se tornar uma ferramenta para adoção em massa das novas tecnologias utilizadas pela indústria.”

O relatório do Dapp Radar conclui que por meio do ferramental tecnológico da Web3, os fãs poderão se tornar aptos a compartilhar momentaneamente as mesmas camadas sociais que atletas renomados como os citados Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, além de estrelas de outros esportes, como Stephen Curry, Tom Brady e Serena Williams.

As diversas plataformas de integração entre os próprios fãs, e entre os fãs e os atletas, são recursos que apenas ecossistemas da Web3 são capazes de proporcionar atualmente.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, dois destaques da seleção brasileira nesta Copa do Mundo estão atuando como pontas de lança da integração com a Web3 e lançaram suas próprias coleções de NFTs este ano: Richarlyson e Neymar.

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