Mulher diz que perdeu dinheiro após cair em golpe de Bitcoin organizado por três funcionários do Bradesco

Ela comprou criptomoedas em 2018, mas nunca recebeu acesso ao saldo e ou comprovantes da transação

Uma investidora de Bitcoin relata que perdeu mais de R$ 14.000 ao participar de um negócio que tinha três funcionários do Bradesco como sócios. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, ela investiu em criptomoedas em 2018, mas o esquema chegou ao fim através de uma mensagem no WhatsApp.

Sem receber o dinheiro que deveria ser investido em Bitcoin, a vítima explica que nunca teve um comprovante do investimento em criptomoedas. No total, ela fez três depósitos bancários para a empresa de investimentos em Bitcoin que era mantida por quatro sócios.

No processo judicial a usuária conta que o negócio terminou após o anúncio de que o dinheiro investido foi perdido pelos sócios apontados como réus na ação. Sendo que três deles trabalham no Banco Bradesco, que não possui relação processual com o caso.

Três funcionários do Banco Bradesco ofereciam Bitcoin

O Bradesco foi procurado para falar sobre a ação que envolve os três funcionários da empresa. De acordo com o banco, “ele não é parte da ação judicial” e não comentará sobre o caso.

Com a promessa de rentabilidade em investimentos em Bitcoin, uma investidora de São Paulo – SP depositou R$ 12.000 para uma empresa mantida por três funcionários do Banco Bradesco.

Inicialmente, a usuária investiu R$ 10.000 que foram divididos dois depósitos bancários para a conta de um dos réus no dia 15 de maio de 2018. Além desse dinheiro, no dia 21 de junho daquele ano ela enviou mais R$ 2.000 através de uma transferência, totalizando R$ 14.000 investidos.

Em valores atualizados, a empresa de investimentos em Bitcoin dos três funcionários do Bradesco devem pagar R$ 14.608,42 para a proponente da ação. Ela fala que procurou a Justiça após enfrentar dificuldades em manter contato com os sócios.

As informações sobre os investimentos eram repassadas aos clientes através de um grupo de WhatsApp. A investidora que move o processo tentou receber o dinheiro de volta antes de procurar a Justiça.

“Durante certo período, o réu criou um grupo de Whattsapp para dar informações gerais aos demais aplicadores, porém, sempre que a requerente solicitava o resgate de seus rendimentos o requerido apresentava evasivas, até que por fim, em meados de agosto de 2018, o réu deixou de responder as mensagens ou atender as ligações telefônicas da requerente.”

Dinheiro de investidores foi perdido

Em 2019 o negócio de investimento em Bitcoin chegou ao fim com mensagens enviadas pelo WhatsApp. A investidora que move a ação judicial conta que durante meses ficou sem respostas sobre onde estava o dinheiro administrado pelo empresa.

Sem respostas conclusivas, ela fala que os sócios anunciaram que os investimentos foram perdidos. O anúncio sobre a perda do dinheiro foi publicado no grupo de clientes dos empresários por trás do golpe.

“Quase um ano após os referidos depósitos, e vários meses sem dar resposta à autora, o réu emitiu um último comunicado ao grupo dizendo que estava encerrando as atividades do grupo de aplicações e que seus investidores, inclusive a autora, teriam perdido todo seu dinheiro investido.”

A primeira decisão judicial sobre o caso pede que um dos sócios do negócio apresente “contas” sobre o investimento da mulher. O prazo para a apresentação das provas sobre o dinheiro que seria investido em Bitcoin é de quinze dias.

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