De olho no mercado emergente, startup brasileira focada em música lança primeira plataforma NFT do Brasil

Startup brasileira prepara o lançamento de plataforma musical de NFT, buscando aproximar artistas, investidores e fãs.

A startup brasileira focada no mercado musival Phonogram.me, lançou a primeira plataforma de tokens não fungíveis (NFT) do Brasil, como noticiou o portal Olhar Digital.

A Phonogram.me pretende com a plataforma unir a indústria emergente de NFT com o mercado musical brasileiro, em busca de mudar a lógica da tradicional indústria fonográfica brasileira, que desde os anos 1950 é dominada por grandes gravadoras.

Os sócios da startup, Lucas Mayer e Janara Lopes, dizem que o objetivo é dar mais poder e monetização para os artistas:

“(Nosso objetivo é trazer) outras formas de monetização para artistas e toda a cadeia do setor musical, mas mais em linha com o mundo atual”

A plataforma, diz o texto, funciona como um marketplace, onde o público poderá investir nos seus artistas preferidos e adquirir fonogramas, “da mesma forma que ocorre com a compra de uma ação”.

Do lado dos artistas, será possível precificar as obras colocadas à venda, com uma porcentagem do trabalho dedicada diretamente ao público.

Aproximando o público com os investidores, a startup pretende descentralizar o mercado fonográfico, dando mais poder econômico a intérpretes e músicos. Ao mesmo tempo, a Phonogram.me também dá às gravadoras e selos a chance de monetizar os direitos que já possuem sobre os direitos de artistas:

“Nosso esforço é focado em selecionar o trabalho de artistas brasileiros atraentes para esse mercado, administrar transações e fazer os splits entre as partes envolvidas”

Por enquanto, a plataforma está aberta apenas para o cadastro, que terão direito a acesso antecipado quando o serviço for liberado, com a versão beta disponível para daqui a dois meses. O lançamento, portanto, será dividido em etapas, como já acontece com outras plataformas emergentes de NFT como a NBA Top Shot.

Entre os artista envolvidos na iniciativa está o multi-instrumentista paulista André Abujamra, ex-Karnak e Mulheres Negras e autor de temas marcantes da TV brasileira como a abertura do Castelo Rá-Tim-Bum. Abujamra, entusiasta do mercado de NFTs, tornou-se embaixador da plataforma, participando da divulgação da iniciativa:

“A plataforma permite aos artistas, produtores fonográficos, editoras, etc, podem não apenas vender discos com certificados NFT como também leiloar os copyrights da música – o direito sobre o fonograma. É a democratização da indústria fonográfica. E não tem como ser mais fã do artista do que se tornar sócio dele, não é mesmo?”

Os sócios da startup também revelam que a venda do NFT do álbum do DJ estadunidense 3LAU por US$ 12 milhões foi a faísca inicial para o desenvolvimento da Phonogram.me:

“Ao observar a explosão repentina e o interesse do mercado brasileiro no assunto, nos vimos na obrigação de contar ao brasileiro a plataforma que estamos construindo, e essa sensação latente de que isso é a abertura de uma nova forma de valorizar o trabalho de músicos, selos e até mesmo das gravadoras”

A febre de NFTs tomou o mercado da arte, da música e dos esportes nos últimos meses, com crescimento exponencial e investidores faturando alto com a indústria. Recentemente, uma série de artistas brasileiros também conseguiu levantar dinheiro com a venda de obras de arte digital em blockchain, como noticiou o Cointelegraph Brasil.

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