Wi-Fi gratuito pode ser uma isca para roubar seus Bitcoins; especialista dá dicas de como se prevenir

Muitas pessoas passam boa parte do tempo longe de casa, principalmente quando trabalham indo de um lado para outro, ou viajando. Com isso, acabam dependendo mais dos dispositivos móveis, seja para verificar atividades profissionais ou manter contato com familiares e amigos nas redes sociais, além disso, também podem usar esses dispositivos para comprar algo online ou realizar transações bancárias.

Os riscos com a segurança na internet podem aumentar ainda mais para quem inocentemente usa redes Wi-Fi abertas em estabelecimentos e locais públicos. No ano passado, por exemplo, a agência de vigilância digital do Reino Unido (GCHQ) alertou as pessoas sobre um grupo russo de cibercriminosos, o “Fancy Bear”, que tinha como alvo as redes Wi-Fi de hotéis para instalar um malware nos dispositivos dos usuários. No início deste ano, uma nova investigação mostrou exatamente como os cibercriminosos estão criando falsas redes Wi-Fi para capturar os dados das pessoas.

O Fancy Bear também é acusado pelos EUA, como mostrou o Criptomoedas Fácil, de ser o principal responsável pelo vazamento dos emails da então candidata Hillary Clinton, e de ter usado Bitcoin para financiar suas atividades, cobrir os rastros e tentar ocultar suas identidades na ânsia de alterar e influenciar os resultados da eleição norte-americana.

No Brasil, ao invés das pessoas utilizarem o pacote de dados, elas preferem acessar a internet gratuita disponível onde estão, como revelou uma pesquisa da HideMyAss!. Embora a grande maioria (80,71%) dos entrevistados tenha conhecimento sobre os riscos em relação à segurança, cerca de um terço dos brasileiros (32,63%) ainda conecta-se com Wi-Fi aberto em cafeterias ou locais públicos.

No entanto, embora a prática seja mais “econômica” num primeiro momento, especialistas em segurança revelam que acessar um Wi-Fi público gratuito pode representar sérios riscos, principalmente para quem possui criptomoedas. Em novembro do ano passado, por exemplo um usuário de Bitcoin perdeu cerca de US$117 mil em BTC quando estava utilizando este tipo de conexão e foi surpreendido por hackers que, aproveitando das vulnerabilidades, infiltraram-se em sua conta numa exchange e retiraram os fundos.

O Criptomoedas Fácil entrou em contato com Brad Poole, porta-voz da HideMyAss!, que compartilhou algumas dicas importantes sobre como as pessoas podem estar seguras no mundo digital, proteger seus dados e também evitar que suas criptomoedas sejam comprometidos por conexões maliciosas. Poole traz ainda alguns exemplos de como os cibercriminosos podem obter informações confidenciais dos usuários, mesmo que não sejam inseridas enquanto um Wi-Fi aberto é utilizado.

Conexão segura

O mais importante é que a pessoa sempre garanta o uso de uma conexão Wi-Fi segura. Os hotspots Wi-Fi públicos são como uma mina de ouro para os cibercriminosos. Caso uma pessoa conecte-se à mesma rede, eles poderão ver facilmente os sites visitados, histórico de navegação, e-mails e credenciais de login. Ao usar uma rede Wi-Fi aberta, é recomendado a instalação de uma VPN no dispositivo para proteger a conexão ou minimizar os riscos com extensões de navegadores, como o HTTPS Everywhere.

Desabilitando serviços

A dica é desativar os serviços de localização, a georreferenciação e, se possível, a busca de metadados em dispositivos e navegadores quando utilizados. Mesmo no simples ato de compartilhar inocentemente uma foto em um perfil da rede social, a pessoa pode inadvertidamente fornecer sua localização ou a de um membro da família.

Software de segurança

Instale um software de segurança avançado para dispositivos móveis e tablets de uma empresa reconhecida. Versões gratuitas e muito boas estão disponíveis no mercado por companhias como Avast e AVG, que reduzem o risco de perda de dados pessoais e roubo de identidade.

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Fonte: Criptomoedas Fácil

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