‘Quem será o responsável por problemas no Pix?’ questionam comerciantes, segundo pesquisa
Uma pesquisa da Intuit QuickBooks destacou a preocupação dos donos de negócio com informações vazadas, golpes e quem responsabilizar por problemas no Pix, do Banco Central do Brasil
Uma pesquisa da Intuit QuickBooks destacou a preocupação dos donos de negócio com informações vazadas, golpes e quem responsabilizar por problemas no Pix, do Banco Central do Brasil.
O dado faz parte do QB Insights, pesquisa encomendada pela Intuit QuickBooks, fintech americana desenvolvedora de software de gestão para pequenas empresas e escritórios contábeis, e também mostra que outros 40% dos empreendedores são atraídos pelo Pix pela possibilidade de pagar menos ou ficar isentos de tarifas.
Outros 6% destacam a comodidade de não ter que necessariamente acessar a conta ou fornecer todas as informações bancárias do beneficiado para concretizar as transações financeiras.
Para Lars Leber, country manager da Intuit QuickBooks no Brasil, uma das principais vantagens do Pix é oferecer para os usuários um serviço de pagamento mais barato e com mais velocidade.
“Para o empreendedor, isso se torna ainda mais relevante, pois conseguir receber dos seus clientes e pagar sua contas e fornecedores está sempre entre as principais prioridades deste público. Com o Pix a tendência é que esse fluxo de caixa se movimente de forma mais eficiente”, explica.
Pix
Por outro lado, 3 em cada 10 empresários demonstram preocupação com algum tipo de vazamento de informação. 23% temem não saber quem responsabilizar em caso de problemas e 17% tem medo de sofrer algum tipo de golpe ao utilizar o Pix.
Outros 15% identificam outra barreira antes de apostar no sucesso do Pix: não são adeptos do uso de novas tecnologias.
Realidade pré-Pix
A pesquisa feita com 1190 micro, pequenos e médios empreendedores de todo o país entre 09 e 19 de outubro ainda revela que 76% deles sabem o que é o Pix e 72% acertaram o período em que o sistema vai começar a funcionar. Os números saltam para 92% quando são levados em conta somente os pequenos e médios negócios.
Atualmente, as transferências bancárias convencionais, TED e DOC, lideram o ranking das formas mais utilizadas para o pagamento de todos os tipos de despesas com o negócio com 76%.
A lista ainda conta com 13% de adesões aos links de pagamentos, 12% de utilização de dinheiro vivo para saldar as pendências, 12% de pagamentos por portais e 3% em cheques.
Leber explica que a pesquisa mostra que 92% dos consultados paga algum tipo de tarifa mensal para instituições financeiras para realizar transferências bancárias. “Para uma pequena empresa, deixar de ter essa despesa mensal, por menor que ela seja, pode representar uma economia significativa ao longo do ano”, complementa.
Na outra ponta do negócio, os empreendedores têm recebido a maior parte das receitas, 33%, via transferências bancárias. 19% costuma receber prioritariamente por boletos, 17% pelo cartão de crédito, 13% em dinheiro, 11% no cartão de débito, 7% em cheque e menos de 1% pelos links de pagamentos.
A pesquisa da Intuit ainda destaca que 85% dos consultados acredita que o Pix vai ser um sucesso.
Os motivos mais citados pelos 15% que não acreditam no êxito do sistema são desconfiança por causa dos spreads bancários e possibilidade de tarifas mais altas, medo do mix formado pela ação dos fraudadores e falta de investimento em segurança, além de adesão abaixo do imaginado e instituições desinteressadas na novidade em poucos meses.
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