Enquanto preço do Bitcoin subiu 150%, inflação no Brasil tem a maior alta desde 1995

Criptomoeda acumula valorização que fez recorde de preço histórico ser batido em reais.

A prévia da inflação registrada em outubro de 2020 no Brasil traz dados alarmantes sobre o índice que teve uma alta que não era registrada desde 1995. Ao mesmo tempo, o preço do Bitcoin bateu recorde histórico no país, e já acumula quase 150% de valorização em um ano.

Dessa forma, a economia brasileira e a criptomoeda apresentam desempenhos antagônicos no mercado financeiro. Enquanto o Bitcoin teve recorde de preço ao atingir R$ 70 mil recentemente, a inflação no país registra números que não são vistos desde a inserção do real brasileiro na economia.

De acordo com a Agência Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) teve um aumento de 0,94% em outubro de 2020. Esse índice é utilizado para mensurar a inflação, que pode ter atingido um aumento que não é visto há 25 anos.

Inflação no Brasil

Em 2020 o IPCA-15 já acumula 2,31% de aumento, segundo dados divulgados pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, se for concretizado o aumento de outubro, a índice mensal pode ter atingido quase 50% de toda a inflação acumulada no ano.

Além disso, a projeção de aumento de 0,94% na inflação demonstra que esse crescimento não era percebido na economia brasileira desde 1995. Para a Agência Brasil, o aumento do preço de alguns alimentos no mercado é o responsável pelo crescimento do índice de inflação.

Sendo assim, a agência destacou que o óleo de soja foi o item que teve o maior aumento de preço em outubro de 2020. Nesse caso, o produto encareceu 22,34%, segundo o IPCA-15.

Além do óleo de soja, outros alimentos ‘pesaram’ o aumento da inflação na economia brasileira, como o arroz que subiu 18,48% no mês, seguido do tomate que aumento o preço em média em 14,25%. Outros produtos que tiveram aumento de valor foram o leite  4,26% e carnes, que subiram 4,83%.

Por outro lado, além desse produtos considerados da ‘cesta básica’, houve também aumento no preço de serviços relacionados a transportes, o que refletirá no acumulado da inflação no mês.

“Os transportes, com taxa de 1,34%, também tiveram grande impacto na inflação, devido à alta de preços de itens como passagens aéreas (39,90%), gasolina (0,85%) e seguro voluntário de veículos (2,46%).”

Por fim, outros produtos foram considerados no fechamento prévio do índice de inflação para outubro, como artigos de residência, que aumentaram em 1,41% e vestuário, com crescimento de 0,84%.

De acordo com o índice que mede a inflação, o único item que teve uma queda de preços (deflação) foi educação, com -0,02% no período.

Preço do Bitcoin

Enquanto a inflação registra crescimento que não era visto desde 1995 no Brasil, o preço do Bitcoin quebrou o recorde histórico no Brasil após ultrapassar o valor de R$ 70 mil recentemente.

Dessa forma, a criptomoeda continua em valorização em um momento de fragilidade para a economia brasileira. Além de índices alarmantes de inflação, o Brasil enfrenta uma desvalorização do real que refletiu na quebra de recorde do preço do Bitcoin.

De acordo com dados do TradingView, nos últimos doze meses o preço do Bitcoin acumulou uma valorização de aproximadamente 150%, e nos últimos trinta dias esse aumento foi de 19.23%.

 Por outro lado, levando em consideração os últimos doze meses, a inflação do Brasil acumula 3,52% no mesmo período em que o preço do Bitcoin subiu quase 150%.

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