O que é o metaverso e como ele funciona

O metaverso é um ambiente virtual paralelo ao mundo físico em que, através dos recursos imersivos de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), avatares de pessoas reais se reúnem para socializar e compartilhar experiências envolventes.

O Metaverso hoje

Hoje, o metaverso têm muitas formas – realidade virtual, realidade aumentada, MMORPG, mundos em 2D de alta definição ou pixelizado, e majoritariamente são acessados ​​por meio de telas em dispositivos como desktops, laptops, consoles, telefones e tablets. Embora alguns jogos ou ambientes digitais já tenham um visual e uma estética impressionantes, navegar no metaverso através de uma tela ainda mantém a experiência dos usuários muito distantes do grau de imersão imaginado em seu conceito original.

Ainda parece distante o dia em que os cidadãos do metaverso vão poder experimentar ambientes que de fato se fundam com a realidade diretamente através dos sentidos, numa verdadeira conexão entre o corpo e a mente.

Antes disso, grandes avanços em termos hardware e software serão necessárias. São necessárias melhorias significativas da infraestrutura computacional para a construção e a manutenção de um mundo virtual persistente, com maior capacidade de processamento e armazenamento de dados e maior capacidade de banda.

De uma perspectiva de software, os kits de desenvolvimento, estrutura, ferramentas para criar gráficos ultra-realistas e uma experiência sensorial completa também estão em desenvolvimento.

A adesão ao metaverso de grandes empresas de tecnologia como Epic Games, Nvidia, Microsoft e Meta têm potencial para acelerar o desenvolvimento do metaverso. Além do Oculus, o headset que permite experiências 3D em VR e AR, a Meta já apresentou uma versão beta de luvas táteis cujas respostas aos movimentos e às sensações são bastante precisas.

A Nvidia também lançou os primeiros chips e conjuntos de ferramentas para construção de metaversos 3D em alta definição.

Enquanto isso, a indústria cripto tem projetos como o Somnium Space que também estão investindo em headsets VR e dispositivos e superfícies táteis.

No entanto, o desenvolvimento do metaverso não depende apenas de avanços tecnológicos. O sucesso do metaverso depende da construção de um mundo virtual que seja adotado pelo grande público e não apenas por um pequeno grupo de entusiastas de tecnologias emergentes.

Tratando-se de um mundo totalmente novo e, quanto mais pessoas participarem de sua construção, maiores as chances de que ele seja diverso e inclusivo. Aqui, mais uma vez é possível fazer um paralelo com a internet. Hoje, parece natural que todos interajam e realizem inúmeras funções através da rede a partir de dispositivos digitais particulares.

No entanto, a ampla adoção da internet foi um processo longo e provocou uma mudança radical de paradigmas de comunicação, de consumo e de socialização. Tudo depende da utilidade prática e do grau de envolvimento que os criadores do metaverso serão capazes de proporcionar aos usuários. Por isso, muitos consideram o universo dos games a melhor porta de entrada para o metaverso, ainda mais agora com o modelo play-to-earn, em que os usuários são recompensados financeiramente enquanto se divertem.

Por enquanto, o metaverso ainda está na sua infância e as grandes empresas o enxergam apenas como mais uma oportunidade de marketing para levar os seus produtos a um público maior, mas à medida que começarem a surgir novas demandas dos usuários e consumidores, eles precisarão reconsiderar seus modelos de negócios – e algumas empresas já vem fazendo isso, adquirindo terrenos virtuais em metaversos como Decentraland e The Sandbox, muito embora ainda não saibam exatamente como explorar efetivamente estes espaços.

Não há dúvidas de que estamos avançando em direção a um futuro em que nossas presenças em ambientes digitais se tornarão tão importantes quanto na realidade física.

O Metaverso hoje

Hoje, o metaverso têm muitas formas – realidade virtual, realidade aumentada, MMORPG, mundos em 2D de alta definição ou pixelizado, e majoritariamente são acessados ​​por meio de telas em dispositivos como desktops, laptops, consoles, telefones e tablets. Embora alguns jogos ou ambientes digitais já tenham um visual e uma estética impressionantes, navegar no metaverso através de uma tela ainda mantém a experiência dos usuários muito distantes do grau de imersão imaginado em seu conceito original.

Ainda parece distante o dia em que os cidadãos do metaverso vão poder experimentar ambientes que de fato se fundam com a realidade diretamente através dos sentidos, numa verdadeira conexão entre o corpo e a mente.

Antes disso, grandes avanços em termos hardware e software serão necessárias. São necessárias melhorias significativas da infraestrutura computacional para a construção e a manutenção de um mundo virtual persistente, com maior capacidade de processamento e armazenamento de dados e maior capacidade de banda.

De uma perspectiva de software, os kits de desenvolvimento, estrutura, ferramentas para criar gráficos ultra-realistas e uma experiência sensorial completa também estão em desenvolvimento.

A adesão ao metaverso de grandes empresas de tecnologia como Epic Games, Nvidia, Microsoft e Meta têm potencial para acelerar o desenvolvimento do metaverso. Além do Oculus, o headset que permite experiências 3D em VR e AR, a Meta já apresentou uma versão beta de luvas táteis cujas respostas aos movimentos e às sensações são bastante precisas.

A Nvidia também lançou os primeiros chips e conjuntos de ferramentas para construção de metaversos 3D em alta definição.

Enquanto isso, a indústria cripto tem projetos como o Somnium Space que também estão investindo em headsets VR e dispositivos e superfícies táteis.

No entanto, o desenvolvimento do metaverso não depende apenas de avanços tecnológicos. O sucesso do metaverso depende da construção de um mundo virtual que seja adotado pelo grande público e não apenas por um pequeno grupo de entusiastas de tecnologias emergentes.

Tratando-se de um mundo totalmente novo e, quanto mais pessoas participarem de sua construção, maiores as chances de que ele seja diverso e inclusivo. Aqui, mais uma vez é possível fazer um paralelo com a internet. Hoje, parece natural que todos interajam e realizem inúmeras funções através da rede a partir de dispositivos digitais particulares.

No entanto, a ampla adoção da internet foi um processo longo e provocou uma mudança radical de paradigmas de comunicação, de consumo e de socialização. Tudo depende da utilidade prática e do grau de envolvimento que os criadores do metaverso serão capazes de proporcionar aos usuários. Por isso, muitos consideram o universo dos games a melhor porta de entrada para o metaverso, ainda mais agora com o modelo play-to-earn, em que os usuários são recompensados financeiramente enquanto se divertem.

Por enquanto, o metaverso ainda está na sua infância e as grandes empresas o enxergam apenas como mais uma oportunidade de marketing para levar os seus produtos a um público maior, mas à medida que começarem a surgir novas demandas dos usuários e consumidores, eles precisarão reconsiderar seus modelos de negócios – e algumas empresas já vem fazendo isso, adquirindo terrenos virtuais em metaversos como Decentraland e The Sandbox, muito embora ainda não saibam exatamente como explorar efetivamente estes espaços.

Não há dúvidas de que estamos avançando em direção a um futuro em que nossas presenças em ambientes digitais se tornarão tão importantes quanto na realidade física.

Games

Por enquanto, a face mais evidente e desenvolvida do metaverso é representada pelos jogos em blockchain. Enquanto algumas empresas ainda estão apresentando as suas intenções para o desenvolvimento do metaverso, a indústria de criptomoedas vem dando forma a ele através de jogos como Axie Infinity (AXS), Alien Worlds (TLM), Iluvium (ILV), Gods Unchained (GODS) e Star Atlas (POLIS), ou de plataformas dedicadas a oferecer um ecossistema completo para jogadores e desenvolvedores como Gala Games (GALA), UFO Gaming (UFO), Mobox (MBOX) e WEMIX.

Em comum, os jogos de maior destaque são estruturados em torno de uma comunidade ativa e forte, possuem seus próprios tokens nativos e marketplaces e poderm gerar renda aos usuários seja através de recompensas obtidas de acordo com seus desempenhos no jogo ou através da integração dos ativos digitais do universo dos jogos com recursos DeFi através das próprias plataformas, um recurso conhecido como GameFi.

A combinação do GameFi com o modelo play-to-earn resultou na primeira modalidade de emprego do metaverso. Especialmente para jogadores de países periféricos, os games se tornaram fontes de renda minimamente satisfatórias e estáveis.

Trata-se também de uma primeira amostra de que as pessoas têm disposição para se dedicarem a uma ocupação integralmente baseada em mundos virtuais. Jogos play-to-earn como Axie Infinity e Gods Unchained não têm um universo autossuficiente ou são jogados com avatares 3D. No entanto, esses jogos podem ter iniciado uma revolução que vai determinar os rumos do futuro do trabalho em um mundo dividido entre o real e o virtual.

Imóveis Virtuais

Assim como na vida real, terrenos no metaverso são ativos de alto valor agregado. Esses pedaços de terra digitais formam espaços virtuais concedem aos seus proprietários a liberdade de construir experiências imersivas, estimulando a criatividade e a imaginação.

Plataformas como Decentraland, CryptoVoxels e Somnium Space tendem a se tornar plataformas de interação social, enquanto outras como The Sandbox, Treeverse ou Ember Sword são jogos no modelo play-to-earn. No entanto, cada uma dessas plataformas possui características únicas.

Somnium Space é uma plataforma construída para Realidade Virtual (VR), por exemplo, enquanto o CryptoVoxels é compatível com a maioria das coleções de avatares NFT, em que os usuários podem transitar encarnando um Crypto Punk ou um Bored Ape. Já o The Sandbox permite que os proprietátios de terra criem jogos e experiências imersivas customizadas em suas propriedades, as quais podem ou não ser abertas aos demais usuários da plataforma.

Em outros casos, os lotes virtuais são uma parte importante da mecânica do jogo. Um pedaço de terra pode se tornar uma guilda de ferreiros ou pode recompensar seus proprietários através da extração de recursos naturais ou pela taxação de visitantes eventuais. 

Terrenos virtuais ainda estimulam a criatividade da comunidade ao possibilitarem a realização de eventos em tempo real, como festas e shows, exposições de arte, showcase de produtos virtuais, todos eles passíveis de ser monetizados pelos proprietários. Por isso, tratam-se, hoje, dos ativos mais valorizados e com maior demanda do metaverso.

 

O metaverso e a tecnologia blockchain

Até pouco tempo atrás, itens digitais eram infinitamente replicáveis e por isso careciam de valor intrínseco. A tecnologia blockchain inaugurou a era da propriedade de ativos digitais. Agora é possível adquirir e monetizar ativos digitais de naturezas diversas como obras de arte, registros de nomes, terrenos virtuais, personagens de games cuja autenticidade e escassez podem ser comprovadas graça aos tokens não fungíveis (NFTs).

Os NFTs são tokens que apresentam propriedades únicas e exclusivas cujos metadados ficam registrados na blockchain, garantindo aos seus detentores direitos de propriedade. Assim, os NFTs se tornaram um elemento fundamental para amplias as potencialidades criativas e econômicas do metaverso, pois todos podem ter controle total sobre seus ativos, beneficiando-se da interoperabilidade para utilizá-los em diferentes plataformas e contextos.

Avatares, skins e itens de jogos podem ser transferidos para outras plataformas ou negociados sem a necessidade de recorrer a intermediários para supervisionar o processo. Tudo fica a cargo de contratos inteligentes.

A interoperabilidade de metaversos descentralizados é um prinípio fundamental, pois permite aos usuários transitar por diferentes plataformas com seus ativos virtuais. A blockchain permite que todo e qualquer ativo digital possam ser utilizados metaversos abertos, como o Somnium Space e o Decentraland.

Por isso, a descentralização apresenta o melhor caminho para que o metaverso se torne mais do que apenas um jogo elaborado e evolua para a próxima instância de desenvolvimento da rede mundial de computadores, formando comunidades em torno de um mundo virtual habitável.

Conceito

O metaverso é um conceito em construção, mas algumas características fundamentais já são evidentes.

Trata-se de um ambiente virtual paralelo ao mundo físico em que, através dos recursos imersivos de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), avatares de pessoas reais se reúnem para socializar e compartilhar experiências envolventes. Nesse sentido, poderia ser entendido como uma evolução natural da internet, ampliando as potencialidades de interação das pessoas em ambientes digitais.

Ainda nessa linha, embora hoje já existam diversas plataformas oferecendo experiências únicas nesses ambientes emergentes, a tendência é que o metaverso se funda em único ecossistema múltiplo e interoperável. Um universo compartilhado onde as pessoas encarnam uma identidade digital através da qual podem replicar experiências de socialização da vida real experimentando novas formas de se comunicar, gerar e compartilhar valor, se divertir e até mesmo de trabalhar.

Retomando a introdução, é importante entender que há duas perspectivas opostas para compreender e construir o metaverso. Há a versão corporativa, cujas experiências são delimitadas e controladas por uma entidade centralizada, e há o metavereso baseado na cultura e na tecnologia blockchain.

O primeiro é um desdobramento natural da Web 2.0, baseado na invasão da privacidade dos usuários e na coleta de dados pessoais para sustentar um modelo de negócios baseado na publicidade.

O segundo se caracteriza pela ausência de entidades centrais ou intermediários e estrutura-se sob princípios de organização coletiva descentralizada, certificação de propriedade digital e distribuição de valor. Trata-se de um novo paradigma digital viabilizado pela tecnologia blockchain.

Introdução

O metaverso foi delineado pela primeira vez por Neal Stephenson em um clássico da ficção científica escrito em 1992, antes da popularização da internet e da reordenação das sociedade em rede. “Snow Crash” imagina um mundo em que os estados nacionais cederam todo poder às grandes corporações e portanto é a condição econômica que determina o grau de liberdade dos indivíduos.

Mas há também um ambiente virtual criado por hackers obscuros em que avatares customizados podem escapar à realidade e vivenciar outros tipos de experiências. Assemelhando-se a um jogo online multiplayer massivo (MMO), o Metaverso é um espaço virutal onde seres humanos convertidos em avatares digitais podem escapar da opressão da vida cotidiana, interagindo socialmente, jogando e até mesmo encontrando ocupações mais rentáveis do que na vida comum.

À primeira vista, parece um lugar menos opressor e mais livre, mas aos poucos o leitor vai entendendo que o metaverso tem parâmetros aos quais todos devem se submeter e que, afinal, não são muito diferentes daqueles da vida real.

Que o metaverso tenha ganhado evidência depois que o Facebook anunciou a mudança de sua marca para Meta e revelou planos para desenvolver sua versão corporativa do conceito dá uma boa medida do estágio em que se encontra a civilização.

Estamos naquele instante decisivo em que o poder político e econômico já está nas mãos das grandes empresas e os governos estão a um passo da capitulação, seja ela voluntária ou não. Um momento histórico que antecede o colapso que abre espaço para uma ampla reordenação.

Em resposta à concentração ilimitada de dinheiro e poder de uma pequena casta de privilegiados, a teconologia blockchain apresenta uma alternativa descentralizada e de distribuição do valor entre as entidades autônomas que se organizam em redes em torno de interesses comuns.

O futuro do metaverso será o mesmo do que o da civilização humana.

 

 

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