O que os gráficos de média móvel não dizem sobre o futuro do Bitcoin?

Metaverso poderia impor novos paradigmas e BTC deixar de ser a ‘bússola’ do mercado de criptomoedas… mas quando?

O Bitcoin (BTC) preocupa parte dos analistas, embora alguns acreditem que ele possa surpreender… mas não agora.  As médias móveis exponenciais de longo prazo revelam que o BTC se distancia, para baixo, da mediana dos últimos 365 dias. No momento, a criptomoeda é negociada a US$ 46.142,14, abaixo da média móvel exponencial (EMA) de US$ 53.250,40 das últimas 52 semanas, de acordo com o TradingView.

A dificuldade de reação do BTC afeta quase todos criptoativos, mas alguns deles demonstram mais resistência para o mau humor do mercado, segundo os gráficos, o que vai de encontro a análises que sugerem mudanças de rumo no norte das criptomoedas, em um futuro próximo.  

 

 

Este tipo de análise técnica ganhou destaque nos últimos dias, quando as médias de curto prazo indicavam que a principal criptomoeda do mercado não conseguiria se recuperar rapidamente do crash do último dia 4 de dezembro.

Entretanto, no final de novembro, o gráfico já mostrava o criptoativo lateralizado próximo ao suporte de US$ 59 mil. Isso porque, na ocasião, o BTC ainda respirava os ares do início do mês, quando esteve prestes a romper a resistência dos US$ 69 mil.  A razão para isso é que o cálculo das médias móveis exponenciais confere um peso maior para os preços mais recentes, o que acabou elevando o suporte naquele momento. 

Na tentativa de prever o futuro do BTC, alguns analistas estão indo mais longe. Na última semana, por exemplo, o trader estadunidense Tone Vays esticou a linha do tempo da criptomoeda para 200 semanas, sugerindo que o critoativo estaria em uma tendência de queda em direção à média móvel trazida de 2018 para cá. Vays, no entanto, não mostrou segurança em relação a esta possibilidade e acabou dizendo que esperava que o BTC encontrasse suporte na casa de US$ 40 mil.

A inflação nos Estados Unidos, o aumento do desemprego no país e a redução no programa de estímulo à economia ajudam a explicar a ressaca no mercado de criptoativos. Ainda que a política econômica do presidente Joe Biden seja vista por alguns críticos como uma forma artificial de derrubar o preço dos ativos para favorecer os investidores com maior poder de compra. 

No momento em que esta matéria era editada, a Ethereum (ETH) também operava abaixo da média móvel das últimas 52 semanas, de US$ 4.120,28, sendo cotada a US$ 3.834,16. Entretanto, a defasagem do ETH era de aproximadamente 7% em relação à média móvel, quase a metade do percentual apresentado pelo BTC no momento da edição desta matéria. 

Ainda que possa representar um momento do mercado, o desempenho do ETH em relação ao BTC pode fazer sentido caso se confirmem as previsões de alguns analistas em relação às possibilidades da rede blockchain no metaverso. Entre os entusiastas que acreditam que o ETH pode se transformar na ‘nova bússola’ do mercado está o analista Mike Ermolaev. Para ele a  Ethereum estaria caminhando para uma independência de mercado em relação ao Bitcoin, graças também ao potencial do metaverso. 

 

 

Na última semana, outros analistas seguiram nesta direção. Um deles, o diretor de Transformação Digital da Microsoft Yorke Rhodes, disse que a Ethereum estaria em evolução para se transformar em uma espécie de loja descentralizada de aplicativos, com vantagens sobre a AppStore, da Apple.

Representantes do Goldman Sachs, um dos maiores bancos do mundo,  também engrossaram o coro daqueles que acreditam na blockchain. Sem mencionar especificamente a rede Ethereum, os executivos de Wall Street disseram que a tecnologia estará no coração do metaverso. Possibilidades que, embora estejam somente no campo das possibilidades indicadas pelos gráficos atuais, podem se transformar em realidade já em 2022. 

 

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