WeMake Capital, que desafiou a CVM, dá calote em investidores e encerra atividades

Sem aviso prévio, a empresa WeMake Capital, sediada em Porto Alegre, anunciou na última segunda-feira (25) o encerramento de suas atividades. Em seu site a única informação disponível é justamente a do comunicado de fechamento.

Segundo a WeMake, cujo dono é Evandro Jung de Araujo Correa, a ação se deve ao cumprimento da resolução 831 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que a proibiu de ofertar seus produtos.

“Esperamos e aguardaremos informações positivas favoráveis para que possamos retomar as nossas operações de custódia”, afirma a empresa.

É uma atitude bem diferente de quando a empresa recebeu a notificação e decidiu desafiar o órgão regulador no início de outubro.

A WeMake Capital dizia
trabalhar com investimentos atrelados a operações de mineraçãoarbitragem, trading, ICOs e custódia de
criptomoedas.

Para a custódia, a WeMake criou um ativo chamado WCP. Com
valor unitário de R$ 1,10, ele se destinava à comercialização
interna de títulos acionários a favor da empresa.

A empresa afirmava que a média mensal de rendimento do WCP variava
entre 5% e 10%, ficando o cliente com 70% do lucro.

Investidores lesados

No entanto, associados reclamam da postura da WeMake
Capital sobre o encerramento das atividades e do silêncio dos representantes e
responsáveis pela empresa.

Segundo denúncias feitas ao Portal do Bitcoin, os canais de contato e as redes sociais não estão mais ativas. Os gerentes responsáveis pelos investimentos, por sua vez, não respondem às dúvidas dos associados.

“Eu espero que a CVM tome uma providência com essa
empresa”, afirmou um deles, que tinha acabado de se associar à empresa e
possuía 517 WCP (R$ 568,70) investidos.

A única informação disponível aos associados é a que
consta na nota da WeMake Capital.

“Cumpriremos todos os contratos
ativos de custódia, e entregaremos a cada um dos nossos associados os tokens em
carteira ERC20 que deve ser informada no menu “Transferências” da Conta Digital”,
disse.

Outros investidores já demonstram ceticismo com a postura
da WeMake.

“A empresa coloca lá uma informação bonitinha, daí quando
algum de nós vai sacar ou transferir não pode. Dá erro, página não carrega,
entre outros tipos”.

Reclamações contra a WeMake também já começam a aparecer
na plataforma Reclame Aqui, que ainda não tinha registros relativos à empresa.

CVM pedia alerta sobre a WeMake

Em decisão de 1º de outubro, a CVM concluiu que a empresa vinha oferecendo em seu site oportunidades de investimentos que se enquadram no conceito legal de valor mobiliário, sem registro para tal.

A autarquia ainda
estipulou uma multa de R$ 100 mil à empresa para o caso de infração.

Além disso, a CVM também emitiu
uma alerta aos participantes do mercado de valores mobiliários e o público em
geral para ficar atento à proibição da WeMake e do responsável pela empresa, Evandro
Jung de Araujo Correa.

A empresa acusava a CVM e outros organismos financeiros de estar apenas “querendo recolher impostos”. E acrescentava que “estava tomando todas as providências junto ao setor jurídico” para defender seu modelo de negócio.


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