Web3 deve favorecer economia de jogos play-to-earn e o crescimento deste mercado no Brasil, diz executivo
Omar Siddiqui destacou participação do país no mercado mundial e disse que a evolução tecnológica em torno da portabilidade dos criptoativos pode atrair ‘jogadores casuais.’
Detentor de cerca de US$ 2,3 bilhões do mercado mundial de jogos, o Brasil se apresenta como possível catalizador para o crescimento dos jogos play-to-earn (P2E) baseados em tokens não fungíveis (NFT), que ainda representam uma pequena fatia deste mercado, cerca de 3%, embora os games deste segmento tenham movimentado aproximadamente US$ 3 bilhões em 2021, volume que pode ter chegado a US$ 4,9 bilhões segundo o monitoramento da plataforma DappRadar.
Ao Valor, Osmar Siddiqui, CEO da Joyride Gamers, startup que fornece infraestrutura para desenvolvedores de jogos em blockchain, apostou no potencial do país para o crescimento dos jogos P2E. Para ele, esta expansão passa adesão dos “jogadores casuais”, que em linhas gerais não estão preocupados com os processos complexos da blockchain e sim com os benefícios que a tecnologia disruptiva pode trazer aos jogos.
Segundo o executivo, o Brasil tem uma demografia atraente e é um dos mercados que mais cresce para os jogos para celular, o que poderá ser incrementado pelo modelo de negócios dos jogos a partir da Web3, no caso o engajamento econômico nos ecossistemas dos games a partir da consolidação de patrimônio contínuo fora das plataformas. O empresário se referia à evolução de algo que já existe, que é a comercialização itens dos jogos, NFTs negociados entre os jogadores nos marketplaces.
Osmar Siddiqui, que já foi vice-presidente de produtos da Disney, sugeriu que a adesão dos jogadores casuais pode acontecer na esteira da melhora e personificação dos jogos por parte dos donos dos NFTs e a possibilidade de vender os criptoativos para outros jogadores. Por outro lado, a portabilidade dos ativos digitais passa pela evolução do design do games e a evolução da construção de suas economias em torno dos criptoativos.
A possibilidade de ganhar dinheiro jogando também pode ser um divisor de águas na vida de alguns investidores do varejo. Foi o caso do tailandês Jarindr Thitadilak, de 28 anos, que afirmou ter ganhado US$ 2 mil em março.
Teriz Pia, de 25 anos, moradora de Manila, nas Filipinas, decidiu abandonar o emprego de professora em junho do ano passado para se juntar à guilda de jogos do irmão, NFT Real Deal Guild. De acordo com a publicação, Pia compartilha sua renda mensal de US$ 20 mil alugando sua conta por meio de uma rede de 300 jogadores que ela administra, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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