‘Estamos sendo pagos para produzir Bitcoins’, revela minerador
Fazendas de mineração no Texas são capazes de operar como usinas de energia, vendendo o excesso de eletricidade em dias quentes e sem vento
A operadora de mineração de criptomoeda do Texas, Layer1 Technologies, conseguiu vender sua fonte de alimentação por 8 vezes o preço.
De acordo com um relatório da Bloomberg de 1º de setembro, a Layer1 relatou quase 700% de lucros com a venda de eletricidade excedente de suas ‘Baterias Bitcoin’ – sistemas de armazenamento de energia em grande escala usados nas fazendas de mineração da empresa no Texas.
Quando a demanda de energia para o ar-condicionado é mais alta no Texas – onde está regularmente acima de 37 graus Celsius no verão – a Layer1 reduz ou interrompe a mineração de criptomoeda conforme necessário para enviar qualquer energia não utilizada de volta à rede durante o dia. O excesso de calor, juntamente com pouca ou nenhuma energia dos parques eólicos em certos dias, permitiu que a Layer1 obtivesse até 700% dos lucros, aproveitando os preços da energia na área que ultrapassam US$ 200 por megawatt-hora.
“Estamos sendo pagos para produzir Bitcoins”, disse o cofundador e CEO da Layer1, Alexander Liegl.
Com uma posição única no oeste do Texas, onde os parques eólicos fornecem mais de 15% da energia para todo o estado – a maior proporção do país -, os mineradores de Bitcoin (BTC) como a Layer1 têm um negócio alternativo viável como usinas de energia.
É tudo parte do plano: Liegl declarou no início deste ano que a Layer1 se concentraria na venda de eletricidade durante os meses de verão, em vez de mineração de criptomoeda. As plataformas de mineração não são resfriadas por ar, mas sim suspensas em um líquido não condutor.
A investida da Layer1 na mineração de criptomoedas é parte de seu plano abrangente de reter 30% da energia total da hashrate do Bitcoin nos EUA até 2022. Liegl diz que a empresa instalará em breve 50 contêineres perto de Midland, capazes de produzir 100 megawatts de eletricidade e minerar 27 BTC todos os dias, ou mais de US$ 320.000 no momento da redação.
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