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Warren Buffett recusa ‘magia do Bitcoin’ e diz que não pagaria nem US$ 25 por todo BTC do mundo

por · 1 de maio de 2022

‘Oráculo de Omaha’ se mantém cético ao dizer que o Bitcoin ‘não produz nada’, apesar de admitir que ‘todo mundo’ tem a criptomoeda.

No último sábado (30), o presidente e diretor-executivo da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, voltou a disparar contra o Bitcoin (BTC), durante uma reunião anual de acionistas do conglomerado empresarial sediado em Omaha, no estado de Nebraska, Estados Unidos. Indiretamente o “Oráculo de Omaha”, como é conhecido o magnata, admitiu a popularização da criptomoeda, embora tenha mantido seu ceticismo em relação ao Bitcoin ao dizer que o criptoativo não agrega valor e que não desembolsaria sequer US$ 25 por todo BTC do mundo. Os comentários de Buffett ganharam coro do vice-presidente da organização, Charlie Munger.

Se vai subir ou descer no próximo ano, ou cinco ou 10 anos, eu não sei. Mas a única coisa de que tenho certeza é que não produz nada. Tem uma magia nisso e as pessoas anexaram magia a muitas coisas, disse o megainvestidor.  

Buffett deixou escapar que “ninguém está com pouco Bitcoin” e que “todo mundo é detentor de longo prazo”, mas alfinetou a principal criptomoeda do mercado dizendo que ela não produz nadae que, por isso, não pagaria nem US$ 25 por todo Bitcoin do mundo. 

Se você disser… para uma participação de 1% em todas as terras agrícolas dos Estados Unidos, ‘pague ao nosso grupo US$ 25 bilhões’, eu vou passar um cheque para você esta tarde. [Por] US$ 25 bilhões, agora possuo 1% das terras agrícolas. [Se] você me oferece 1% de todos os prédios de apartamentos do país e quer mais US$ 25 bilhões, eu te passo um cheque, é muito simples. Agora, se você me dissesse que possui todos os Bitcoins do mundo e me oferecesse por US$ 25, eu não aceitaria, porque: o que eu faria com isso? Eu teria que vendê-los novamente para você de uma forma ou de outra. Não vão fazer nada. Os apartamentos vão produzir renda e as fazendas vão produzir alimentos, justificou.

Segurando uma nota de US$ 20, Warren Buffett, que em outra ocasião chamou o Bitcoin de “veneno de rato ao quadrado”, disse ainda que:

Os ativos, para terem valor, têm que entregar algo a alguém. E há apenas uma moeda que é aceita. Você pode inventar todo tipo de coisa, podemos colocar moedas da Berkshire, mas no final, isso é dinheiro. E não há nenhuma razão no mundo para que o governo dos Estados Unidos deixe o dinheiro da Berkshire substituir o deles.

Os US$ 25 citados por Buffet podem ser considerados uma fortuna se comparados à projeção catastrófica para o Bitcoin proferida por  Charlie Munger:

Na minha vida, tento evitar coisas que são estúpidas, más e me fazem parecer mal em comparação com outra pessoa – e o Bitcoin faz os três.  Em primeiro lugar, é estúpido porque ainda é provável que vá a zero. É mau porque mina o Sistema da Reserva Federal [Fed]… e terceiro, faz-nos parecer tolos em comparação com o líder comunista na China. Ele foi inteligente o suficiente para banir o Bitcoin na China, disparou. 

Por outro lado, os pensamentos de Munger, que comparou as criptomoedas a “uma doença venérea” durante uma sessão de  perguntas e respostas de acionistas na reunião anual da empresa de jornais Daily Journal Corporation, assim como a refração de  Warren Buffet, parece não estar em total sintonia com a nova tese de investimentos da Berkshire Hathaway, que está suavizando sua exposição ao Bitcoin.  Em fevereiro, um registro de valores mobiliários revelou que a Berkshire Hathaway aumentou sua exposição à criptomoeda comprando US$ 1 bilhão em ações do Nubank, o maior banco fintech do Brasil, popular entre os investidores em criptomoedas brasileiros, conforme noticiou o Cointelegraph.

 

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