Walmart vai aceitar pagamentos com criptomoedas a partir de outubro
A gigante do varejo norte-americano Walmart, 17ª maior empresa do mundo por valor de mercado, anunciou nesta segunda-feira, 13, uma parceria com a Fundação Litecoin, que vai permitir o pagamento de compras nos canais digitais da rede de supermercados com a criptomoeda litecoin a partir de outubro.
“A empolgação em torno do uso da criptomoeda é inegável, e estamos preparados para tornar as compras online mais fáceis para nossos clientes. Como uma loja líder no comércio eletrônico, estamos comprometidos em trazer inovações para a experiência de compra online. Integrando a litecoin, permitiremos que os consumidores tenham uma experiência de pagamento muito tranquila, com a confirmação das transações sendo quase instantâneas, com taxas quase nulas, independentemente de onde estejam. Estamos muito animados em trabalhar junto com a Fundação Litecoin e inovar ainda mais em nossos negócios. No dia 1º de outubro, todas as lojas de comércio eletrônico da rede terão implementado uma opção ‘Pague com Litecoin'”, disse Doug McMillon, CEO do Walmart, em comunicado.
O Walmart demonstra interesse pela tecnologia blockchain há bastante tempo, sendo uma das primeiras entre as maiores empresas do mundo a se debruçar sobre as inovações do setor. Além de estudar e implementar o uso de blockchain em setores como controle e monitoramento de cadeias produtivas desde meados de 2016, a gigante do varejo também havia indicado o interesse em pagamentos com criptomoedas recentemente, ao divulgar uma vaga para especialistas no assunto.
No comunicado divulgado nesta segunda, a empresa explica porque escolheu a litecoin para sua primeira incursão no universo dos pagamentos com criptomoedas: “Lançado em 2011, a litecoin é uma das moedas mais antigas no ecossistema cripto. A litecoin é similar ao bitcoin, já que usam o mesmo código e compartilham diversas semelhanças. Mas a litecoin é mais barata e mais rápida que o bitcoin. Como o bitcoin, a litecoin não tem uma autoridade central”.
O Walmart também diz que a rede Litecoin foi “desenvolvida para ser usada em transações mais baratas e para ser mais eficiente para uso no dia a dia” e também afirma que ao mesmo tempo em que a Litecoin requer uma tecnologia mais sofisticada de mineração do que a rede Bitcoin, os blocos são gerados até quatro vezes mais rápido na primeira. “A Litecoin também processa transações muito mais rapidamente”, diz o texto da rede de varejo.
Com mais de 555 bilhões de dólares de receita bruta no último ano e mais de 220 milhões de consumidores por semana – considerando lojas físicas e virtual – o Walmart tem potencial para atrair uma série de novos usuários para o setor de criptomoedas e alavancar a adoção dos ativos digitais.
Logo após o anúncio, o preço da litecoin disparou, saltando de 175 dólares para 230 dólares em poucos minutos. No momento, após uma correção quase imediata, a criptomoeda é cotada a 182 dólares. Atualmente, a litecoin é a 13ª maior criptomoeda do mundo, com valor de mercado de quase 13 bilhões de dólares.
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