Analistas de Wall Street projetam alta de 100% para ações da Coinbase nos próximos 12 meses
Projeções de preço das ações da maior exchange dos EUA são um indicador das expectativas dos investidores de Wall Street em relação ao mercado de criptomoedas.
Exatamente no dia em que as ações da Coinbase foram listadas na bolsa de Nova York, em 14 de abril do ano passado, o Bitcoin (BTC) renovou sua máxima histórica em US$ 64.854. O preço da ação da maior exchange de criptomoedas dos EUA reagiu à euforia do mercado, chegando a bater em US$ 429,54 – uma valorização de 72% em relação ao preço da oferta inicial, que foi de US$ 250.
Em 10 de novembro, o Bitcoin registraria um novo recorde histórico de preço de US$ 69.000, e dois das depois a COIN fecharia o pregão no valor mais alto de sua história até hoje: US$ 342,98. Ou seja, o preço do BTC e as ações da Coinbase estão diretamente correlacionados e são um bom indicador do sentimento dos investidores do mercado tradicional em relação ao mercado de criptomoedas.
Desde o ápice em novembro, tanto um quanto o outro vem acumulando perdas. Agora, uma projeção de analistas de Wall Street para o preço das ações da Coinbase nos próximos 12 meses indicam que os investidores do mercado acionário confiam numa reversão de tendência no preço do Bitcoin e visualizam a possibilidade de que a COIN tenha dobrado de preço ao final desse período, revela reportagem do portal Finbold.
Ação de preço da COIN
Em março, a COIN replicou a volatilidade do Bitcoin e foi negociada entre US$ 146,82 e US$ 206,79. No final da manhã desta segunda-feira, 18, a ação está sendo negociada abaixo desta faixa, a US$ 143,72. Além disso, o ativo está sendo negociado bem abaixo de suas médias móveis simples de 20, 50 e 200 dias, confirmando o atual viés de baixa.
Ao longo dos três primeiros meses do ano, 16 especialistas de Wall Street cravaram suas previsões de preços para a COIN nos próximos 12 meses. Doze analistas mantiveram recomendações de compra apesar da recente correção do ativo. Dois aconselharam os investidores a manter suas posições, enquanto outros dois sugeriram que a melhor opção no momento seria se desfazer das posições, mesmo que realizando eventuais prejuízos.
O preço médio ficou em US$ 296,53, variando entre US$ 135 e US$ 500. Se alcançado o valor médio, investidores que montassem suas posições hoje alcançariam uma valorização pouco acima de 100% em abril do ano que vem.
Mercado cada vez mais competitivo
Além da queda generalizada do mercado de criptomoedas, cujos reflexos são absorvidos de diferentes formas pela Coinbase – principalmente implica em uma queda das receitas em função da diminuição nos volumes de negociação a – a competição entre exchanges de criptomoedas tem se tornado cada vez mais acirrada.
A concorrência de exchanges como a Crypto.com, e a FTX, com políticas de marketing agressivas podem ameaçar a liderança da Coinbase no mercado norte-americando, avaliam analistas.
Projeções indicam que o EBITDA da Coinbase deverá continuar sendo impactado negativamente não apenas em 2022, mas também nos anos seguintes. O Ebitda é um dos indicadores financeiros mais utilizados para medir os resultados de uma empresa. Ele contabiliza a quantidade de recursos que a empresa gera com suas atividades principais, sem contar a rentabilidade de investimentos ou descontos de impostos.
Por outro lado, não se pode ignorar que o sentimento do mercado de ações não está favorável para ações do setor de tecnologia. Fatores que podem impactar positivamente o desempenho da COIN no restante de 2022 incluem a consolidação de suas operações na Índia, bem como uma possível reversão na ação de preço do Bitcoin e na tendência do mercado de criptomoedas de forma mais ampla.
No entanto, a entrada da Coinbase no mercado indiano vem enfrentando percalços regulatórios, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente. A exchange foi obrigada a interromper os serviços de pagamento por meio da United Payments Interface (UPI) em sua plataforma para usuários indianos apenas três dias após seu lançamento oficial.
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