Venezuelanos são obrigados a pagar passaporte com “Petro”, a criptomoeda estatal
As autoridades venezuelanas encontraram outra maneira de impor a adoção da criptomoeda emitida pelo Estado, a Petro. Em breve, os cidadãos terão que pagar com a moeda digital controlada pelo governo se quiserem obter um passaporte. Centenas de venezuelanos estão deixando o país por conta da crise que assola o país.
A ditadura 2.0: “Petro” a qualquer custo
Os venezuelanos podem não ter abraçado a criptomoeda estatal, mas o governo deles adotou a agenda de forçar isso e está procurando maneiras de aplicá-la. Cidadãos do país da América do Sul, economicamente espancado, estão deixando sua terra natal, apesar das tentativas do presidente de conter a hiperinflação recorde e economia em caos. A introdução da El Petro, o símbolo emitido pelo governo e apoiado pelo petróleo, tem estado no centro dos planos de Nicolas Maduro para melhorar a situação socioeconômica.
Muitos venezuelanos não têm grandes expectativas sobre suas reformas propostas, incluindo a ideia de que uma criptomoeda controlada pelo governo pode trazer mudanças tangíveis. O presidente Maduro e sua administração esquerdista não pouparam esforços para promover a moeda digital que levantou muitas dúvidas – alguns dizem que ela não é lastreada em nada, outros afirmam que não é realmente uma criptomoeda genuĩna. Recentemente, as autoridades em Caracas fizeram dela uma unidade oficial de conta, junto com a moeda fiduciária venezuelana redenominada, o Bolívar Soberano. O governo tentou impor esse papel tanto a empresas quanto a bancos. Agora, decidiu colocá-lo nas carteiras de venezuelanos, aqueles que estão tentando sair do país.
1 passaporte = 2 petros
Os novos passaportes venezuelanos custarão dois petros, equivalentes a 7.200 bolívares, ou US$ 115, ou quatro salários mínimos mensais, afirmou o vice-presidente de Maduro, Delcy Rodriguez, durante uma coletiva de imprensa televisionada, segundo a imprensa local e estrangeira. Por um acaso, o token ainda não foi emitido para o público – é esperado para ir à venda em 5 de novembro.
No início deste ano, Maduro e seu pessoal anunciaram que a moeda atraiu US$ 735 milhões no primeiro dia de sua pré-venda privada. A Venezuela divulgou anteriormente um whitepaper para o petro. Um novo documento publicado recentemente, supostamente copiado da Dash, mostra que a criptomoeda não é apoiada apenas pelo petróleo, mas também por algumas das outras riquezas do país, como ouro, diamantes, ferro e alumínio.
Nesta semana, o líder socialista da Venezuela foi citado dizendo que a Petro não precisa ser minerada como outras moedas digitais, pois já tem um valor. Maduro disse que a moeda venezuelana será lançada como uma moeda nacional e afirmou que já estava “presente nas seis principais casas de câmbio internacionais do mundo”.
Fonte: Guia do Bitcoin