Venezuelanos deverão utilizar a criptomoeda Petro para obter passaporte
Os cidadãos que quiserem deixa a Venezuela, para escapar das dificuldades econômicas do país, estão sendo obrigados a adquirir seus passaportes por meio da criptomoeda Petro. A ação faz parte de um esforço do governo para aumentar a aderência do ativo digital pela população.
De acordo com o Bloomberg, os novos passaportes custarão dois Petros, ou o equivalente a quatro salários mínimos, revelou o vice-presidente Delcy Rodriguez, em uma coletiva de imprensa em Caracas.
Na semana passada, conforme informamos no Portal Criptoeconomia, o presidente Nicolás Maduro anunciou o lançamento oficial do site e da carteira do Petro, quase oito meses depois de sua apresentação inicial.
O token estatal, que será apoiado por reservas de petróleo e outros minerais, está programado para começar a ser vendido a partir do dia cinco de novembro.
Dificuldades internacionais
A complexa situação econômica enfrentada pela Venezuela, bem como a falta de materiais e a corrupção desenfreada, tem obrigado a população a passar dias em filas de espera em busca da obtenção de passaportes.
O documento se tornou o Santo Graal para aqueles que querem sair e se juntar aos quase 2,5 milhões de pessoas que deixaram o país em busca de melhores condições de vida, segundo divulgação da ONU em agosto.
O governo do Peru, por exemplo, condicionou a entrada dos venezuelanos à apresentação do passaporte — o que antes era possível apenas com um documento de identificação nacional.
A decisão tomada por Lima, resultou na queda do número de venezuelanos entrando no país, que em setembro teve uma redução de quase um terço.
A medida, no entanto, foi derrubada pela justiça peruana que invalidou, na última sexta-feira (5), a decisão do governo, como noticiado peloG1.
Outros países como Equador, Colômbia e Brasil também estão sentindo os efeitos da crise no país vizinho, já que se tornaram destinos de imigração. E em muitos deles há bastante hostilidade contra os refugiados.
Com a Venezuela praticamente excluída dos principais mercados internacionais, alguns especialistas acreditam que o Petro poderia dificultar ainda mais as viagens da população ao exterior.
Companhias aéreas como Avianca, Latam, United Airlines, Aeroméxico e Lufthansa configuram uma longa lista de empresas que pararam de prestar serviços no país.
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