Venezuela bloqueia exchange Coinbase e operadora de dólar no país

A Venezuela bloqueou o acesso à Coinbase a partir da madrugada desta quarta-feira (9). Segundo o perfil no Twitter VE sin Filtro, especializado nesse tipo de sondagem, os principais provedores de internet do país impedem o carregamento do site e dos aplicativos da exchange por meio de filtro de DNS.

A Coinbase é a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos e uma da maiores do mundo. A empresa acumula um histórico de polêmicas de privacidade. Uma delas surgiu após sugerir colaboração com autoridades americanas no âmbito de investigações criminais.

No entanto, ainda não está claro o motivo do bloqueio. A Coinbase não oferecia suporte a transações com o Bolívar, moeda da Venezuela. No entanto, a exchange poderia ser usada como intermediária para transações de criptoativos com origem ou destino no país.

A Venezuela também bloqueou à empresa de câmbio MercaDolar na mesma data. Dessa maneira, a iniciativa dá sinais de que pretende estrangular a saída de divisas. O país, vale lembrar, é um dos primeiros do mundo em adoção de criptomoedas.

#Venezuela bloqueia o acesso a @coinbase e à plataforma de câmbio @mercadolarinc. Este bloqueio de internet é aplicado pela maioria dos principais provedores e internet na Venezuela usando #DNS_block. As motivações exatas para este bloqueio ainda não são claras.

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Bloqueio da Coinbase na Venezuela pode não ser eficaz

A filtragem de DNS é um método que impede o carregamento de determinado endereço digitado no navegador. Ao tentar acessar coinbase.com, por exemplo, o provedor de internet não envia a requisição ao serviço de DNS responsável por direcionar o tráfego para os servidores onde o site é hospedado.

Usuários relatam no Twitter, no entanto, que o bloqueio pode ser ineficaz dada a popularidade de serviços de VPN na Venezuela. O recurso é utilizado não só por negociadores de cripto, mas por qualquer cidadão que deseje driblar os diversos bloqueios de internet em vigor na nação latino-americana.

Os ativos digitais são muito usados para atenuar os efeitos da severa inflação da moeda nacional. Como resultado, a Venezuela é o terceiro país com maior percentual de uso de Bitcoin e outras criptos. Além disso, é o primeiro das Américas, à frente dos EUA.

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